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Caso Bernardo: segundo dia de júri tem depoimento de novas testemunhas

Durante o dia de hoje, em Três Passos, a delegada Cristiane Braucks e outras testemunhas serão ouvidas como parte da investigação de um crime ocorrido em 2014, o assassinato do menino Bernardo.

Na segunda-feira, a delegada Caroline Bamberg prestou depoimento por cerca de seis horas, dando detalhes da investigação e reafirmando sua opinião sobre a responsabilidade do réu. No entanto, o advogado de defesa, Rodrigo Grecellé Vares, considerou o depoimento de Bamberg como “frágil”. Nesta terça-feira, mais testemunhas estão previstas para serem ouvidas.

De acordo com Rodrigo, a delegada não apresentou provas quando questionada pela defesa e se apoiou em suas próprias convicções para sustentar suas conclusões, o que ele acredita ser resultado da inocência do réu.

Durante a manhã, ocorreu o sorteio dos jurados, que foram seis homens e uma mulher. Em seguida, foram exibidos vídeos de Bernardo pedindo ajuda e discutindo com o pai e a madrasta, além de interceptações telefônicas de Leandro Boldrini com familiares e amigos sobre o desaparecimento do filho.

Boldrini ficou emocionado durante a exibição dos vídeos e até deixou a sala por um período. Caroline iniciou seu depoimento por volta das 14h30.

Menino Bernardo era considerado um incômodo pelo pai e a madrasta, após a morte de sua mãe

A delegada relembrou informações sobre uma investigação que ela conduziu no passado. De acordo com ela, Bernardo era considerado um incômodo após a morte de sua mãe e o início do relacionamento de seu pai com sua madrasta, Graciele.

A delegada também afirmou que havia negligência em relação ao bem-estar de Bernardo e que Leandro e Graciele tinham o desejo de se livrar da criança. Bernardo também era proibido de contar o que acontecia em casa, e a delegada acredita que se ele não tivesse sido impedido, teria contado tudo o que passou.

Ela ainda revelou que Leandro não fez grandes esforços para procurar o filho desaparecido e que até mesmo foi a uma festa durante esse período. Quando questionada se havia registros em família, como fotos e vídeos, no celular de Leandro, a delegada respondeu que não, pois o aparelho foi apreendido e passou por perícia na época.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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