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Caso Champinha: Pai de Liana Friedenbach diz que é contra a maioridade penal

Liana e seu namorado foram atacados por Champinha e outros três indivíduos enquanto acampavam

Recentemente, em uma entrevista ao programa Balanço Geral, Ari Friedenbach, o pai de Liana Friedenbach, que foi vítima fatal do criminoso conhecido como Champinha, expressou sua opinião contrária à ideia de reduzir a idade em que indivíduos podem ser considerados penalmente responsáveis. Sua perspectiva surpreendeu em muitos, dado que Champinha, com 16 anos na época do delito, teve um papel no assassinato brutal de sua filha. O caso que abalou o Brasil em 2003 girou em torno de Liana e seu namorado, Felipe Caffé, que foram atacados por Champinha e outros três indivíduos enquanto acampavam em Embu-Guaçu, São Paulo.

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Fonte: Brasil 247

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A sequência de acontecimentos foi trágica: Felipe foi morto quase que imediatamente, enquanto Liana foi mantida em cativeiro, submetida a torturas, abusos e, por fim, assassinada. Dado que Champinha era menor de idade na época, ele foi encaminhado para uma instituição destinada a jovens infratores. Atualmente, quase duas décadas após o ocorrido, ele se encontra em uma unidade experimental de saúde, uma vez que não é considerada apta a se reintegrar à sociedade. Na entrevista, Ari Friedenbach surpreendeu ao afirmar que Champinha já pagou pelo que fez.

Friedenbach questiona como a sociedade lidará com outros delinquentes que cometem crimes de extrema gravidade, como Champinha

Ele reflete sobre a atual situação do crime e questiona qual deveria ser a postura da sociedade após duas décadas de detenção. Ele enfatiza que a legislação vigente estipula um limite máximo de 30 anos de prisão para delitos cometidos por adultos, mas no caso de Champinha, a situação é mais complexa. Friedenbach destaca a relevância de debater esse assunto, indagando como a sociedade lidará com outros delinquentes que cometem crimes de extrema gravidade, como Champinha, e como o Estado responderá a possíveis libertações.

Outros participantes do programa manifestaram suas próprias perspectivas, com alguns apontando a imposição de penas de prisão perpétua. No entanto, a serenidade e a visão ponderada de Ari, após vinte anos desde o crime, conduziram uma conversa para uma reflexão mais profunda sobre sentimentos de rancor, perdão e a busca pela justiça. Assista o vídeo abaixo.

Fonte: You Tube

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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