Caso Discord: polícia já identificou ao menos 10 vítimas de grupo criminoso
Suspeitos usavam aplicativo Discord para cometer estupro virtual e incentivo à automutilação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com a Polícia Federal, desmantelou uma sofisticada operação criminosa que utilizava o aplicativo Discord para cometer uma série de crimes graves, incluindo estupro virtual, propaganda de automutilação e suicídio. Um dos suspeitos identificados é Pedro Ricardo Conceição da Rocha, de 21 anos, apontado como o criador e administrador do principal grupo no aplicativo.
Os alvos do grupo eram principalmente meninas menores de idade, chegando a até 16 anos. As vítimas eram selecionadas dentro da própria plataforma ou em perfis públicos de outras redes sociais. Após obterem informações pessoais das jovens, os criminosos as ameaçavam e coagiam, forçando-as a participar de torturas e estupros virtuais transmitidos via chamadas de vídeo.
Leia Mais:
Suspeito de liderar grupo de exploração sexual infantil no Discord é preso em operação policial
Perfil do principal suspeito e detalhes da investigação
Pedro Ricardo, o cabeça do grupo, é atualmente investigado por associação criminosa, estupro de vulnerável e armazenamento de conteúdo de pornografia infanto-juvenil. O jovem foi preso na cidade de Teresópolis, onde se escondia na casa de um parente.
O início da investigação se deu em março deste ano, quando a Polícia Federal compartilhou informações de inteligência com a Polícia Civil de diversos estados. Durante as apurações, descobriu-se que o grupo utilizava três servidores para executar atos contençãoaos violências contra adolescentes e animais, além de propagar conteúdo cruel, como pedofilia, zoofilia e apologia ao racismo, nazismo e misoginia.
Quantos foram afetados pelo grupo criminoso no Discord?
As investigações em curso têm indicado que o número de suspeitos envolvidos no grupo criminoso já ultrapassa a marca de cem pessoas, entre adultos e adolescentes. Muitos ainda estão sob investigação e outras prisões são esperadas. Porém, diversas prisões e apreensões já foram efetuadas: na semana passada, dois adolescentes de 14 e 17 anos foram apreendidos e, ao todo, 12 pessoas já foram detidas desde o início das apurações.

Como proteger os menores contra crimes virtuais?
Vale lembrar da importância de manter as informações pessoais seguras e de acompanhar de perto a atividade online dos menortes, especialmente em relação aos aplicativos e sites que utilizam. Crimes virtuais podem ter um impacto devastador e duradouro, portanto é de suma importância conscientizar e estar ciente dos riscos da internet.