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Caso Gil Rugai: confira detalhes de laudo que sugere a soltura do condenado por matar o próprio pai

Gil Rugai: Secretaria da Administração Penitenciária Recomenda Soltura

Em decisão recente, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do estado de São Paulo anunciou um parecer favorável à soltura de Gil Rugai, de 40 anos, condenado em 2004 pelo assassinato de seu pai e sua madrasta. De acordo com a avaliação da SAP, Gil Rugai apresentou comportamento exemplar na prisão, com laços familiares fortalecidos e apenas um diagnóstico de transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo (TOC), o que não representaria empecilho para sua progressão ao regime aberto.

O parecer foi apresentado ao Tribunal de Justiça paulista (TJSP) na última terça-feira (26/9), atendendo a um pedido da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, para análise da possibilidade de progressão do detento para o regime aberto. Até o momento, ainda não houve decisão.

gil rugai
Imagem: G1

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Quem é Gil Rugai?

Ex-seminarista, Rugai atualmente cumpre pena no regime semiaberto na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, localizada na cidade de Tremembé, interior paulista. A penitenciária é famosa por hospedar detentos conhecidos do público. Rugai foi condenado a 32 anos de prisão pelos crimes que sempre negou – a execução de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e de sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em 2004.

O que diz a Análise da SAP?

De acordo com o laudo do exame criminológico da SAP, Rugai se mostrou “cortês”, “respeitoso” e “colaborativo”, além de evidenciar “inteligência acima da média”. O documento também identifica “amadurecimento emocional” no detento e aponta que Gil Rugai possui um plano de vida estruturado. A análise, realizada através de entrevistas e observações da rotina do condenado, ainda cita que TOC, caracterizado por rigidez extrema e perfeccionismo, foi a única patologia associada a Rugai, não representando impedimento para a progressão de regime penal.

A Gravidade do Crime e o Ministério Público

Contrapondo a recomendação de soltura, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) manifestou-se contra a progressão de regime para Rugai após a apresentação do laudo criminológico. O promotor de Justiça Eduardo Dias Brandão argumentou que considera prematuro o retorno do detento à liberdade, dado que seu tempo de reclusão está programado para se estender até o ano de 2044. Além disso, o MPSP alega que a avaliação de Rugai contém falhas, como a não realização do método Rorschach, e que o laudo foi baseado em entrevistas breves, não levando em conta a gravidade dos crimes cometidos.

Fonte: Metrópoles

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