Caso Joaquim: julgamento vai ouvir 34 testemunhas; entenda as consequências
Julgamento da morte de Joaquim, o menino assassinado em 2013 inicia em São Paulo
Em declínio, os tribunais de São Paulo dão início ao julgamento dos réus Natália Mingoni Ponte, mãe de Joaquim, e Guilherme Raymo Longo, padrasto do menino, ambos acusados pelo homicídio do pequeno Joaquim Pontes Marques, crime cometido em 2013 na cidade de Ribeirão Preto.
O infante, que tinha apenas três anos de idade ao tempo dos fatos, teve seu julgamento retomado nesta segunda-feira com o testemunho de pessoas conhecidas do caso. A sessão vai prosseguir nesta terça-feira pela manhã, com um total de 34 testemunhas programadas, divididas entre acusação, defesa e comuns a ambos. Os acusados serão questionados depois do término desta primeira fase.

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Modus Operandi do Julgamento
Importante ressaltar que não será permitida a presença do público geral durante o julgamento, sendo restrito aos advogados, promotores e a certos familiares da vítima. O mesmo ocorre devido ao segredo de justiça o qual o caso envolve por lidar com a morte de uma criança. Além disso, devido a pandemia de Covid-19, restrições adicionais foram impostas para limitar a aglomeração.
Quem são a Mãe e o Padrasto de Joaquim e quais acusações contra eles?
Natália e Guilherme são confrontados com várias acusações graves. Longo é acusado por homicídio triplamente qualificado, enquanto Natália enfrenta acusações de homicídio triplamente qualificado por omissão. Ele está detido desde 2018, quando foi extraditado da Espanha. Natália, por outro lado, aguarda o desenrolar do processo em liberdade. Ambos negam qualquer participação criminosa nos fatos.
Revisitando o Crime
De acordo com relatos e investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, é sugerido que Guilherme Longo injetou várias doses de insulina em Joaquim enquanto o menino descansava. De acordo com os mesmos relatórios, ele então lançou o corpo do menino num córrego próximo à sua residência naquele tempo. O casal notificou a Polícia Militar acerca do desaparecimento do menino no dia seguinte.
Cinco dias mais tarde, o corpo do garoto foi achado flutuando num córrego do Rio Pardo, em Barretos. As investigações mostraram que a causa da morte foi afogamento, pois ele já estava morto quando foi jogado ao rio. Não foram encontrados vestígios de insulina no corpo da criança, conforme laudo do IML (Instituto Médico Legal).
Ambos os acusados se conheceram em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em 2012, onde Natália trabalhava como psicóloga e Guilherme tratava de uma dependência em drogas. Joaquim era fruto de uma relação anterior de Natália. O processo continua a decorrer, tendo a atenção e esperança de todo o país em busca de justiça por Joaquim.
Fonte: O Globo