Caso Joaquim: júri popular condena padrastro a 40 anos de prisão e absolve a mãe do menino
Padrasto condenado a 40 anos de prisão por morte do menino Joaquim
No último sábado, a população de Ribeirão Preto/SP acompanhou o desfecho de um caso que comoveu a cidade e todo o Brasil em 2013. Guilherme Raymo Longo, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, foi condenado pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri local. O júri popular deliberou a pena de 40 anos de reclusão em regime inicial fechado.
O julgamento se estendeu de segunda-feira, 16, até sábado, 21. A morte do menino ocorreu quando ele tinha apenas três anos de idade. O menino Joaquim desapareceu e seu corpo foi encontrado cinco dias depois no rio, na cidade de Barretos. Sua mãe, Natália Mingoni Ponte, também estava no banco dos réus, mas foi absolvida.
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Entenda o caso do menino Joaquim
O padrasto de Joaquim foi acusado de ter ministrado uma dose excessiva de insulina ao garoto, que era diabético. A acusação o caracterizou como autor de um crime de homicídio qualificado por motivo fútil e uso de meio cruel, além de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, por ser praticado contra pessoa menor de 14 anos. Os fundamentos estão presentes no artigo 121, § 2º, incisos II, III e IV, e § 4º, parte final do Código Penal.
Ao longo dos seis dias de julgamento, foram ouvidas 31 testemunhas, incluindo o depoimento dos réus. O último dia de audiência foi marcado por debates acalorados com duração de sete horas entre acusação e defesa. Após a apresentação de réplicas e tréplicas, os jurados foram reunidos na sala secreta para a votação dos quesitos postos em debate.
Como foi a sentença do caso Joaquim?
O veredito atribuiu inocência à mãe do menino e culpou o padrasto. A pena de 40 anos de reclusão em regime inicial fechado foi confirmada pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal, que finalizou o julgamento por volta das 22h15 de sábado. O padrasto de Joaquim ainda terá mantido o decreto de prisão preventiva.
A condenação de Guilherme marca um triste capítulo na história de Ribeirão Preto e de todo o Brasil. O crime comoveu a população pela brutalidade e a sentença é aguardada como um alento para a família do menino e a sociedade que espera por justiça.
Por fim, embora a dor pela perda de um filho jamais se cure, a esperança é que sentenças como a do caso Joaquim sirvam de alerta para a nossa sociedade, evidenciando a necessidade de adicionarmos mais amor e empatia nas relações familiares e interpessoais.
Fonte: Migalhas