Caso Patrícia Acioli: assassinato da juíza completa 12 anos e é lembrado com exibição de documentário

Assassinato da juíza Patrícia Acioli é tema de debate em exibição de documentário

Lembrado por sua coragem e integridade, o assassinato da juíza Patrícia Acioli, que ocorreu em 2011, continua sendo um marco para as conversações sobre segurança pública no Brasil. Completando 12 anos de sua morte, a homenagem vem em formato de documentário que será exibido nesta quinta-feira, no Cine Henfil, em Maricá.

O documentário, intitulado ‘Patrícia Acioli, Juíza do Povo’, foi roteirizado e dirigido pelo jornalista Humberto Nascimento, primo da juíza. A obra já foi reconhecida com diversos prêmios, incluindo melhor longa documentário, melhor filme brasileiro e melhor filme do festival no 13º Arraial Cine Fest, na Bahia; além de melhor trilha sonora e o prêmio especial do Júri na 3ª Edição Satyros Cine Biju, em São Paulo.

Acioli
Imagem: Notícias ao Minuto Brasil

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O que mudou na segurança pública após o crime de Patrícia Acioli?

A vida e legado da magistrada são trazidos à luz no documentário, que realiza uma análise única: o que mudou na segurança pública após sua morte? Acioli trabalhava em uma das cidades mais violentas do Rio de Janeiro – São Gonçalo, onde mandou para a prisão mais de 60 policiais militares do 7º BPM. Muitos desses foram flagrados forjando autos de resistência – morte de suspeito em confronto – para justificar homicídios em comunidades dominadas por traficantes de drogas.

O último ato de violência contra ela foi reconstituído com base nos depoimentos de um dos assassinos, o cabo Sérgio Costa Júnior. Ele admitiu ser o autor de 15 dos 21 tiros que acertaram a juíza em uma emboscada planejada por policiais militares em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

Qual o impacto da morte da juíza Patrícia Acioli?

A morte de Patrícia Acioli teve um impacto abrangente e profundo, não só no sistema jurídico, mas também na sociedade. O documentário ressalta seu comprometimento e o impacto de seu trabalho na redução significativa dos homicídios em São Gonçalo.

Paulo Roberto Mello Cunha, promotor que trabalhou com Acioli, lembra que a juíza parava tudo para atender até “o último dos desvalidos”, o que mostra sua dedicação a justiça. Apesar de ocorrido há 12 anos, seu legado continua vivo e sendo lembrado.

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Consequências para os envolvidos no assassinato da juíza

O documentário também destaca o fato de que os 11 policiais militares envolvidos no assassinato da juíza Patrícia Acioli foram condenados e estão presos. Entretanto, o tenente Daniel Benitez, que atirou na juíza, continua na Polícia Militar recebendo salário e cursa Medicina. O tenente-coronel Claudio Oliveira, mandante do crime, foi expulso da PM somente este ano, quase 12 anos depois do crime, e recentemente ganhou o benefício de cumprir pena no semiaberto.