O mistério do desaparecimento de Leandro Bossi

No início de 1992, a população do Paraná presenciou um dos casos mais misteriosos da história recente. O pequeno Leandro Bossi, de 7 anos, desapareceu durante um show na Praia Central de Guaratuba. Por mais de 30 anos, o acontecimento comoveu e intrigou o Brasil, sendo alvo de múltiplas investigações sem um desfecho claro. No entanto, foi somente em junho de 2022, que o destino de Leandro foi confirmado, após análises de ossadas que foram descobertas 29 anos antes, não muito longe de onde Leandro foi visto pela última vez.

Apesar da confirmação trágica, a família Bossi ainda aguarda respostas que levem à justiça aqueles responsáveis pela morte de Leandro. A irmã de Leandro, Neli Steffen Bossi, em declaração recente ainda expressa a esperança: “Se naquela época já não foi investigado direito, hoje é muito mais difícil. A gente tenta de todas as maneiras encontrar o responsável por quem matou essas crianças”, diz.

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Os casos de Leandro Bossi e Evandro Ramos Caetano

As investigações do desaparecimento de Leandro ganharam uma nova luz com a descoberta de uma triste coincidência. Foi no mesmo matagal que a ossada de Leandro foi descoberta que o corpo de Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, também foi encontrado, mas um ano antes.

No entanto, a investigação parece ter estagnado mais uma vez. Evidências apontam para a ocorrência de tortura contra os suspeitos pela morte das duas vítimas.

A identificação oficial da ossada

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou, por meio de avaliações genéticas, que a ossada descoberta no ano de 1993 era, de fato, de Bossi. Contudo, a família expressa insatisfação com as ações realizadas após a confirmação da morte de Leandro. “É um sentimento de impotência, porque o teste de DNA nunca foi refeito.”, lamentou Neli.

Perdão oficial e a busca por justiça caso Leandro Bossi

Em 2021, o Governo do Paraná enviou um pedido oficial de desculpas para as famílias das vítimas. No entanto, Neli acredita que ainda é muito pouco e reforça a necessidade de uma investigação mais completa. “Foi uma carta e uma coletiva de imprensa, nada mais. É um sentimento de revolta e espero que um dia a gente possa conseguir. Para muita gente, isso é apenas uma história, mas não vamos descansar enquanto a gente não ter justiça.”