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Caso Mércia Nakashima: o brutal assassinato que aterrorizou o Brasil

A Investigação e o julgamento do caso Mércia Nakashima

O brutal assassinato de Mércia Nakashima, uma jovem advogada de 28 anos, chocou o Brasil em 2010. Mércia foi morta por seu ex-namorado, Mizael Bispo de Souza, um policial militar reformado e advogado, e seu corpo foi encontrado em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. O caso, que atraiu atenção nacional, apresentou uma série de reviravoltas e acabou por culminar na condenação de Souza.

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O desaparecimento de Mércia Nakashima

Mércia foi vista pela última vez em 23 de maio de 2010, após um almoço em família na casa de sua avó em Guarulhos. Segundo a família, ela havia recebido uma ligação de Mizael antes de sua saída e, depois disso, não houve mais notícias dela. A família iniciou as buscas e, após dois dias sem resultados, registrou o desaparecimento na Polícia Civil.

Durante as investigações feitas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mizael surgiu como suspeito principal. Ele foi chamado para prestar depoimento, mas saiu sem dar sua versão dos fatos, uma atitude que levantou suspeitas.

A descoberta do crime

Em 10 de junho, através de uma denúncia anônima, o carro de Mércia foi encontrado dentro de uma represa em Nazaré Paulista. O corpo da advogada foi descoberto no local no dia seguinte e identificado por seu pai e seu irmão, Márcio Nakashima, também advogado.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Mércia havia morrido em 23 de maio por afogamento, após ter sido baleada e desmaiado.

As reviravoltas da investigação

Um pescador que esteve na represa no dia do crime forneceu um depoimento que mudou o curso da investigação. Ele alegou ter visto um carro ser abandonado na água e ouviu gritos antes do carro submergir. Apesar de não ter conseguido ver o rosto, o pescador identificou um homem alto no local.

Outras testemunhas afirmaram ter visto Mizael conversando com o vigia Evandro Bezerra da Silva, dias antes do crime. Evandro, que abandonou seu trabalho após o carro de Mércia ser encontrado, também foi considerado suspeito e teve sua prisão preventiva decretada em 25 de junho.

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O julgamento e a condenação

Após uma série de reviravoltas, Mizael e Evandro foram levados a júri popular. Mizael foi preso em 27 de julho de 2010, mas foi liberado por meio de habeas corpus. Em dezembro do mesmo ano, Mizael e Evandro foram incluídos na lista de procurados da Polícia Civil de São Paulo.

O julgamento ocorreu em março de 2012 e durou quatro dias. Mizael Bispo de Souza foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Mércia Nakashima, em regime fechado. No entanto, após recurso apresentado pela família de Mércia, a pena foi aumentada para 22 anos e 8 meses.

Reflexos e memória

O caso Mércia Nakashima serviu como um doloroso lembrete da violência contra a mulher no Brasil, além de demonstrar as complexidades e desafios do sistema de justiça criminal do país. Até hoje, o assassinato de Mércia Nakashima ressoa no imaginário público brasileiro como um dos crimes mais chocantes e emblemáticos do século XXI.

Redação

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