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Caso Miguel: Justiça condena patrões a pagarem R$ 2 milhões para família de menino que caiu de prédio

Ex-Prefeito de Tamandaré e esposa são condenados a pagar indenização milionária pelo TRT6 devido ao caso Miguel

No último julgamento realizado pelo Tribunal Regional Trabalho (TRT6), Sergio Hacker Corte Real, ex-prefeito de Tamandaré, e sua esposa, Sari Mariana Costa Gaspar Corte Real, foram condenados a pagar uma indenização de R$ 2 milhões. A decisão foi tomada devido ao trágico caso de Miguel, criança que morreu ao cair do 9º andar do prédio de luxo em que o casal residia, localizado no centro de Recife, estado de Pernambuco.

O valor concedido como indenização será destinado a Mirtes Renata Santana, mãe de Miguel, e Marta Maria, avó materna da criança. Ambas prestavam serviço ao casal, porém seu pagamento era feito com verba da prefeitura, fato que veio a público posteriormente e causou indignação. As informações foram divulgadas pelo G1.

Miguel
Imagem: Diário do Nordeste

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Por que a condenação financeira é importante neste caso?

Para Mirtes Renata Santana, a condenação financeira imposta ao casal Sergio e Sari Corte Real tem grande significado. Para ela, “essas pessoas só sentem o peso de seus atos quando mexem no bolso”, explicou. Ela prosseguiu afirmando que, apesar da decisão judicial não trazer seu filho de volta, contribui como uma sensação de justiça sendo alcançada e de missão cumprida.

A tragédia ocorreu em junho de 2020, em meio ao período de intensificação das medidas restritivas da pandemia da Covid-19. Mirtes Renata de Souza, mãe da criança, levou Miguel ao trabalho, pois não tinha com quem deixá-lo. Em determinado momento, ela precisou se ausentar para passear com o cachorro e deixou seu filho sob a responsabilidade de Sari Corte Real.

Como se deu o acidente?

Miguel, na ausência de sua mãe, tentou entrar várias vezes no elevador do prédio. Sari, ao ver a situação, pressionou o botão do elevador que dava acesso à cobertura e deixou a criança sozinha. Imagens de câmeras de segurança registraram tais atos. Ao alcançar a cobertura, Miguel abriu uma porta corta-fogo, escalou uma janela e subiu em um condensador de ar. Infelizmente, o equipamento não suportou o peso da criança, levando-o a cair de uma altura de 35 metros.

Posteriormente, a justiça de Pernambuco condenou Sari a 8 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte. Após pagar uma fiança, ela recorre agora em liberdade.

Fonte: Metrópoles

Redação

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