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Caso Patrícia Lélis: mansão de R$ 4,3 milhões da brasileira pode ser confiscada

A jornalista brasileira Patrícia Lelis, de 29 anos, está foragida da Justiça americana e sendo procurada pelo FBI. Ela é acusada de se passar por uma advogada de imigração e desviar recursos para enriquecimento próprio.

Devido às acusações, Patrícia pode perder a casa em que mora na cidade de Arlington, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a entrada da casa, avaliada em US$ 875 mil (cerca de 4,3 milhões), foi feita com dinheiro do esquema fraudulento em que ela está envolvida.

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Foto: Reprodução/Metrópoles

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Casa milionária de Patrícia

Em setembro de 2021, Patrícia teria enviado um acordo a uma vítima que buscava ajuda na obtenção de vistos EB-5 para os pais dela. A vítima fez dois pagamentos iniciais totalizando mais de US$ 135.000. No entanto, o processo nunca existiu, e parte desse dinheiro foi destinado a pagar a entrada de sua casa em Arlington.

Em registros imobiliários dos EUA, a casa já aparece como envolvida em um processo que corre na Justiça do país.

A casa que Patrícia pode perder fica localizada na comunidade de Shirlington Crest. A residência foi vendida em 2021 por quase R$ 4 milhões e é descrita como “luxuosa”. Tem três quartos, piso de madeira em todos os níveis e lareira a gás. O imóvel também conta com cozinha gourmet, bancada em granito, eletrodomésticos em aço inox incluindo forno de parede dupla, ilha central com cooktop a gás. A casa também está rodeada por parques e próxima de trilhas.

O bairro de Shirlington Crest é descrito como uma “localização privilegiada no distrito de artes e entretenimento de Arlington”. Apesar de estar na Virgínia, está no acesso ideal para edifícios icônicos da administração norte-americana, como o Pentágono e o centro da capital Washington DC.

Acusação de fraude

A acusação alega que Patrícia fingia ser advogada especialista em imigração e prometia ajuda na obtenção de vistos do tipo E-2 e EB-5. O segundo permite residência legal e até cidadania em caso de investimentos de, no mínimo, US$ 1 milhão em empresas americanas.

Em documento divulgado na última sexta-feira (12/1), a Justiça afirma que a brasileira criou uma persona chamada Jeffrey Willardsen, que seria um suposto funcionário de uma empresa de investimento no Texas.

Ainda segundo a denúncia, ela teria convencido amigos a participarem do esquema, se passando por funcionários da companhia de investimento e fazendo ligações e videochamadas com as vítimas. Uma amiga de Patrícia também usava um nome falso para se passar por representante da empresa.

Uma das vítimas chegou a investir US$ 135 mil — cerca de R$ 664 mil — a fim de obter o visto para parentes, mas, segundo a denúncia, o valor foi usado para pagar a entrada de uma casa em Arlington, no estado da Virgínia, para bancar reformas no banheiro e quitar dívidas do cartão de crédito de Lélis.

A brasileira também é acusada de falsificar fomulários de imigração, forjar assinaturas e criar recibos falsos de um projeto de investimento do Texas. Patrícia foi incluída na lista de procurados do FBI, a polícia federal americana. Até o momento, ela segue foragida.

Jornalista falou sobre acusações

No X (antigo Twitter), Patrícia confirmou que está sendo procurada pelas autoridades e se disse “exilada política”. “Meu suposto crime: Não aceitei que me fizessem de bode espiatorio contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado politico e sim, “roubei” todas as provas que puder para mostrar o meu lado da historia e garantir minha segurança (sic)”, afirmou.

Nessa terça-feira, 16 de janeiro, também no X, ela escreveu: “Estou protegida em outro país, entreguei os documentos que tenho e estou sendo representada por um dos melhores advogados do país”.

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