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Chacina do Curió: ONG denuncia ameaças contra familiares das vítimas e faz apelo por segurança durante o julgamento

A ONG Anistia Internacional enviou cinco ofícios a diferentes órgãos do estado do Ceará e do Governo Federal, para alertar sobre a segurança dos sobreviventes e familiares das vítimas do evento que ficou conhecido como Chacina do Curió. Segundo a ONG, há relatos de ameaças e intimidações feitas por parte dos suspeitos envolvidos.

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No que consistiu a chacina do curió citada pela ONG

Na madrugada do dia onze de novembro de 2015, onze pessoas foram assassinadas e outras sete ficaram feridas na região da Grande Messejana, em Fortaleza. A suspeita é de que os autores da chacina tenham sido policiais militares e que teria sido uma represália pelo assassinato de um policial que foi vítima de latrocínio um dia antes.

Segundo a ONG, familiares e organizações que cobraram o julgamento do caso estão se sentindo inseguros com a proximidade do julgamento. Por isso, a Anistia Internacional pede que as autoridades estabeleçam protocolos de denúncias e segurança em casos de represálias e ameaças durante o júri.

Autoridades se manifestam sobre o pedido da ONG

Os ofícios da Anistia Internacional foram enviados à Defensoria Pública do Ceará, ao Ministério Público do estado do Ceará, ao Ministério dos Direitos Humanos, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e ao governador do Ceará.

Por meio de nota, o Ministério Público do Ceará afirmou que realizou uma reunião com o Tribunal de Justiça e que “será seguido o plano de atuação de segurança elaborado pelos magistrados integrantes do colegiado designado para presidir o julgamento”.

A defensoria, por sua vez, afirmou que assiste os familiares das vítimas e sobreviventes da Chacina do Curió desde 2016, por meio da Rede Acolhe, e que se reuniu com autoridades do Ministério Público, do governo estadual e do Tribunal de Justiça, para reforçar o pedido em relação à segurança de todos os envolvidos, à assistência psicossocial aos familiares.

chacina
Familiares das vítimas da chacina de Curió

Fonte: Folha de S. Paulo

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