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Chefe da milícia no Rio de Janeiro é condenado a 30 anos de prisão

O chefe da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Maurício Silva da Costa, vulgo “Maurição”, foi condenado por decisão do IV Tribunal do Júri da Comarca da Capital a cumprir 30 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, sem poder recorrer em liberdade, mais multa de cerca de R$ 2 milhões. Ele foi julgado por homicídio qualificado, em razão da morte de um morador de 24 anos do bairro, executado a tiros em casa, além de chefiar organização criminosa.

De decisão do conselho de Sentença, presidido pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, foi ressaltado o seguinte:

No contexto em que praticado o crime, há consequências maléficas a todo o meio social, já aterrorizado com a prática miliciana, como é público e notório na cidade do Rio de Janeiro, onde a milícia controla de forma ilegal, abusiva e violenta inúmeros serviços públicos, coagindo comerciantes e corrompendo servidores.

O miliciano, que é tenente reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), já era investigado pela polícia em razão da Operação Intocáveis. A operação foi deflagrada em janeiro de 2019, com o objetivo de desarticular a alta cúpula do grupo de milicianos que atuava no bairro de Rio das Pedras, razão pela qual recebeu o nome de “intocáveis”.

A ação resultou na denúncia de 13 acusados de homicídio e organização criminosa. Maurício e Fabiano Cordeiro Ferreira foram os dois primeiros levados a júri popular. Fabiano foi absolvido do assassinato, mas acabou sendo condenado a oito anos de reclusão pelo crime de organização criminosa.

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