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Chefe do tráfico é preso enquanto via jogo do Fluminense no Maracanã

Marco Aurelio dos Santos Rocha, o Foka, chefe do tráfico do Complexo Castelar, em Belford Roxo, foi preso durante uma partida de futebol do time do Fluminense, no Maracanã.

Ele estava assistindo ao jogo com uma camiseta de uniforme personalizada com seu nome, pelas quartas de finais da Copa do Brasil, momento em que os policiais o abordaram e realizaram a prisão. A prisão ocorreu na quarta, 17 de agosto.

Contra Foka, havia dois mandados de prisão em aberto por tráfico, além de várias investigações sobre homicídios em Belford Roxo.

chefe do tráfico
Imagem: G1

Acusações contra o chefe do tráfico Foka

Marco Aurélio virou réu em uma ação penal que investigou o tráfico no Castelar entre janeiro e setembro de 2021. 

Foka teria sido escolhido por Doca, um dos principais nomes do Comando Vermelho, para ser o chefe do tráfico do Castelar.

Ele é investigado, junto com Doca, por ser mandante da morte de três meninos em Belford Roxo.  A suspeita é que as crianças foram mortas pelo “tribunal do tráfico” pelo furto de uma gaiola de passarinho.

Alexandre da Silva, 10 anos, Fernando Henrique, 11, e Lucas Mateus, 8, foram vistos pela última vez na feira de Areia Branca, no dia 27 de dezembro. Uma das crianças teria passado por uma sessão de tortura e acabou morrendo em razão disso, enquanto as demais foram executadas. 

Após as mortes das crianças, Doca teria mandado matar todos os envolvidos, e promovido Foka a chefe do tráfico do Complexo Castelar.

Segundo a assessoria da Polícia Militar, na quarta-feira, uma equipe do 39º BPM recebeu informações do setor de Inteligência da PM de que Foka estaria assistindo ao jogo no Maracanã. Os agentes foram ao local e, com o auxílio do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (BEPE), prenderam o suspeito. Foka foi levado à 19ª DP para responder pelos crimes.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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