‘Chico Picadinho’: conheça os crimes brutais do serial killer que assombrou o Brasil nas décadas 60 e 70
Chico Picadinho: A história sombria de um assassino serial
Chico Picadinho, também conhecido como Francisco Costa Rocha, ficou infame por ser o responsável pela morte de duas mulheres entre os anos de 1966 e 1976. Os atos brutais cometidos por ele foram tão chocantes que, em 2014, o G1 de São Paulo os destacou como parte dos “9 casos de assassinos que chocaram o país com seus crimes”.

Origens obscuras e abandono familiar
Chico Picadinho nasceu de um caso extraconjugal de seu pai com uma amante, Dona Nancy. Criado em uma casa de empregados devido a uma enfermidade da esposa de seu pai, Chico logo se viu desamparado e abandonado pela família. Sua infância solitária foi marcada por convívio com animais da mata e a prática sádica de rituais, como matar gatos de diversas formas.
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Traumas na juventude e rejeição social
Ao ingressar em uma escola católica, Chico testemunhou um caso de pedofilia que contribuiu para seu isolamento social.
O trauma resultante levou ao fracasso acadêmico, culminando na reprovação no quarto ano. Enfrentando rejeição em suas tentativas de ingressar na Escola Naval, Aeronáutica e Polícia Militar, Chico Picadinho acabou tornando-se corretor de imóveis e envolveu-se na vida noturna decadente da “boca do lixo”.
O primeiro crime e a prisão de Chico
Compartilhando um apartamento com seu amigo cirurgião-médico, Caio, Chico Picadinho cometeu seu primeiro crime em agosto de 1966.
Após beber com Margareth Suida, uma bailarina austríaca, ele a estrangulou durante o ato sexual, desmembrando seu corpo em seguida. Chico foi preso e condenado a 18 anos de reclusão por homicídio qualificado, acrescidos de 2 anos e 6 meses pela desintegração do cadáver.
O recomeço caótico
Após sua libertação em 1974, Chico enfrentou um recomeço conturbado. Seu primeiro casamento fracassou, e mesmo grávida, sua esposa o deixou.
O segundo casamento também não durou, e Chico voltou à vida desregrada da “boca do lixo”, envolvendo-se novamente em bebidas, drogas, sexo e prostituição.
O segundo homicídio e a condenação prolongada
Apenas dois anos e cinco meses após ser libertado, Chico cometeu seu segundo homicídio, estrangulando Angela, outra prostituta, e desmembrando seu corpo. Condenado a 22 anos e 6 meses de reclusão, foi considerado portador de personalidade psicopática de tipo complexo. Em 1994, foi encaminhado à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté para tratamento de sua insanidade mental.
Liberdade contestada
Após cumprir sua pena, Chico foi libertado em 1º de março de 2017, mas sua liberdade foi contestada pelo desembargador Ricardo Dip, que argumentou que a Casa de Custódia era o ambiente mais adequado para albergá-lo, dada sua adaptação à rotina, disciplina e necessidade de medicação psiquiátrica. A decisão judicial manteve Chico sob custódia, ressaltando seu diagnóstico de personalidade sádica e psicopática nos anos 1970.