Prepare-se! Você não vai acreditar em como foi a morte de Lampião
A última madrugada do reinado de Lampião, o famigerado cangaceiro
O acampamento ainda dormia quando, por volta das 5h, os jagunços do capitão Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, perceberam sua situação: estavam cercados. Localizada na fazenda Angicos, no sertão de Sergipe, a base do temido grupo foi alvo de uma minuciosa operação policial no dia 28 de julho de 1938. Aquele que já foi descrito como uma fortaleza segura estava, na realidade, rodeada de traidores.
Alguém havia entregado a localização dos cangaceiros para a chamada “volante”, um esquadrão criado exclusivamente para erradicar o crime organizado do sertão. Nesse caso, o foco era exterminar o foragido mais icônico do Nordeste do país: Lampião e os seus capangas.
LEIA MAIS:
Policial ferida por Roberto Jefferson abre o jogo; laudos que revelam a brutalidade da ação
Flávio Dino diz que PF vai apurar possíveis crimes cometidos pela Lava Jato
Como foi o fim trágico do cangaceiro?
Segundo relatos da época e depoimentos dramáticos dos próprios membros da volante, Lampião foi o primeiro a cair. Certamente, esse fato chocou o Brasil, pois o cangaceiro, homenageado no carnaval de 2023 pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense, foi capturado ao lado de sua fiel companheira, Maria Bonita. Acreditasse que ambos sofreram pelo menos três ferimentos feitos por balas – na boca, nuca e cintura – de autoria do tenente Antônio Honorato da Silva. Maria Bonita chegou a pedir clemência, mas também foi alvejada.
Lampião: vilão ou justiceiro sertanejo?
Após quase duas décadas atuando à frente de um grupo de mais de 40 cangaceiros, Lampião permitiu que seu nome se eternizasse na história brasileira pelas mais diversas razões. Foi responsável e mandante de um sem-número de crimes – assassinatos, sequestros, saques. Por um lado, era visto como um inimigo público cujo objetivo era atentar contra a paz e o bem-estar sociais. Por outro, era considerado o estandarte de um movimento de combate às intensas desigualdades do sertão e ao descaso político da época.
O legado de Lampião e Maria Bonita
A morte de Lampião e Maria Bonita acabou por reforçar ainda mais a relevância do casal para a cultura do Nordeste. A forma desumana como seus corpos foram desrespeitados – decapitados e expostos publicamente – ainda é discutida à luz dos mais diversos aspectos sociais e históricos e permanece como um doloroso lembrete das atrocidades que o ser humano é capaz de cometer.
Hoje, o legado de Lampião e Maria Bonita vive não apenas na memória do povo nordestino, mas também nas pesquisas históricas, na literatura, na cultura popular e, especialmente, no coração de todos aqueles que amam e admiram a rica história do nosso Brasil.