Especialista em segurança bancária alerta como proteger a sua grana das tentativas criminosas de golpe
Especialista em segurança bancária adverte que dados pessoais já são públicos em meio a uma explosão de golpes digitais no Brasil
O Brasil sofreu vazamento de dados de mais de 200 milhões de CPFs – um número superior à população brasileira atual. Essa declaração alarmante foi proferida por Juliana Silveira D’Addio, especialista em segurança e uma das principais referências brasileiras quando o assunto é segurança cibernética e prevenção de fraudes.
Em recente entrevista ao Music Non Stop, D’Addio abordou as estratégias utilizadas pelas quadrilhas para roubar dinheiro, muitas delas focadas no público recorrente de bares e festas. Segundo ela, o crime na atualidade é muito facilitado pela popularidade do “dinheiro digital” e pela liberalidade com que disponibilizamos nossos dados pessoais nas redes sociais.
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Os quatro passos do golpe segundo D’Addio
D’Addio expôs o padrão usual seguido pelos fraudadores em quatro passos. Resumidamente, eles fazem um levantamento prévio dos dados disponíveis da vítima (passo 1); criam uma situação convincente por meio de contatos por SMS, WhatsApp ou telefone (passo 2); exercem pressão sobre a vítima para agir rapidamente (passo 3); finalmente, solicitam uma transação, senhas, dados ou entrega do cartão (passo 4).
A especialista faz um alerta particular para aqueles que frequentam bares e festas e, consequentemente, estão mais vulneráveis. Segundo ela, existem quadrilhas especializadas em agir diretamente com essas pessoas, utilizando-se, por exemplo, de recursos como o “Boa Noite Cinderela” para dopar as vítimas e realizar transações fraudulentas com acesso à digital ou reconhecimento facial do cliente dopado.
Como se proteger dos golpes bancários?
Diante desse cenário preocupante, a especialista aponta algumas “regras de ouro” para evitar tomar prejuízos com esses golpes. Entre as principais recomendações estão manter sempre os cartões bloqueados para compras físicas e virtuais quando não estiverem em uso; ser desconfiado e atento com transações e contatos suspeitos; conferir sempre o extrato bancário; conhecer as ferramentas de segurança do seu banco; e comunicar o banco o mais rápido possível em caso de suspeita de fraude.
Além disso, D’Addio enfatiza a importância de abandonar a certeza de que não se será vítima de fraude, uma crença que, segundo ela, é sustentada pela maioria das vítimas antes de perderem seu dinheiro em golpes.
A conclusão é clara: no mundo digital atual, todos os usuários devem estar bem informados e preparados para garantir sua segurança financeira e prevenir perdas causadas por fraudes bancárias.