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Condenado por estupro, Robinho fica sem saída e entrega passaporte ao STJ

A defesa do ex-jogador Robinho entregou seu passaporte ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início da noite desta quarta-feira (29). O prazo máximo para a entrega do documento era a próxima segunda.

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A apreensão do passaporte foi determinada na sexta (24), pelo ministro Francisco Falcão. A decisão atendeu um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e tem como objetivo proibir a saída dele do território nacional enquanto o Tribunal analisa se ele cumprirá no Brasil a pena de prisão por estupro. 

Robinho entrega passaporte após decisão do Superior Tribunal de Justiça

O documento deverá ser entregue no STJ no prazo de cinco dias. 

Em sua decisão, o ministro do STJ disse que Robinho praticou um “crime grave e de repercussão internacional”, e ressaltou que ele possui condições financeiras de sair do país:

“O representado foi condenado a pena de 9 anos de prisão, por decisão transitada em julgado no exterior, pela prática de crime grave e de repercussão internacional, e detém condição socioeconômica que possibilita eventual evasão da jurisdição brasileira, o que autoriza a decretação da medida excepcional.”

A medida tem caráter cautelar, isto é, de precaução, e tem validade enquanto o STJ estiver decidindo sobre a homologação da sentença que o condenou na Itália.

Robinho foi condenado na Itália por estupro coletivo, mas, quando a condenação saiu, ele estava no Brasil. A Justiça italiana chegou a pedir sua extradição, o que não aconteceu pois é proibido pela Constituição Federal brasileira. 

Diante disso, os italianos pediram que ele cumprisse a pena no Brasil.

Fonte: LANCE

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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