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Conheça a história de 10 condenados por graves crimes que são protegidos pelo Brasil

De nazistas a criminosos comuns: a longa história do Brasil protegendo estrangeiros procurados

A tradição brasileira de oferecer asilo a estrangeiros data do século 19, uma prática enraizada na legislação e nas convenções internacionais assinadas pelo país, conforme explica Paulo Borba Casella, especialista em Direito Internacional da Universidade de São Paulo. Essa tradição já permitiu que diversos indivíduos acusados ou condenados por graves crimes encontrassem refúgio no nosso país. Abaixo, revisamos dez dos casos mais emblemáticos:

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Refúgio controverso: 10 condenados abrigados pelo Brasil

O nosso país, historicamente, tem oferecido asilo a estrangeiros, um hábito que remonta ao século 19. Esta prática, contudo, gerou controvérsias, especialmente quando os abrigados são condenados por graves crimes em seus países de origem. Neste artigo, destacamos dez casos notórios de condenados que encontraram refúgio nas terras brasileiras, mostrando um lado complexo e debatido das políticas de asilo do país.

Roger Pinto Molina

O ex-senador boliviano, acusado de envolvimento no massacre de Porvenir em 2008, encontrou refúgio na embaixada brasileira em La Paz em 2012, conseguindo asilo político, no mesmo ano e fugindo em 2013 com auxílio de autoridades brasileiras.

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Cesare Battisti

O ex-integrante dos Proletários Armados do Comunismo (PAC) foi condenado pela Itália por homicídios em 1979, e após um período na França, veio ao Brasil, onde o STF decidiu pela não extradição em 2011. Hoje, Battisti vive em Embu das Artes, São Paulo.

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Olivério Medina

Ex-padre e membro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Medina obteve o status de refugiado no Brasil em 2006, após duas prisões em território brasileiro.

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Alfredo Stroessner

O ex-ditador paraguaio, após ser deposto em 1989, viveu como refugiado em Brasília até seu falecimento em 2006, sem jamais ser extraditado para enfrentar as acusações de violações dos direitos humanos em seu país natal.

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Pietro Mancini

Integrante do movimento italiano Autonomia Operária durante os Anos de Chumbo, foi condenado por homicídio em seu país, mas teve seu pedido de extradição negado em 2005.

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Albert Pierre

Ex-chefe da polícia secreta do Haiti, Pierre foi acusado de violações graves dos direitos humanos, mas conseguiu refúgio após a queda do governo de “Baby Doc” Duvalier em 1986.

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Achille Lollo

Condenado na Itália por homicídios durante os Anos de Chumbo, Lollo foi preso no Rio de Janeiro em 1993, mas sua extradição foi negada, e ele se integrou ao cenário político brasileiro.

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George Bidault

O ex-primeiro-ministro francês, criador do grupo terrorista Organisation Armée Secrète, viveu aqui por quatro anos, antes de receber anistia na França.

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Ronald Biggs

Conhecido pelo assalto ao trem pagador em Glasgow, Biggs viveu no aqui após fugir da prisão na Inglaterra, tornando-se uma figura conhecida e permanecendo no país devido a uma gravidez de sua namorada brasileira.

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Gustav Wagner

Membro das SS nazistas, Wagner foi responsável por atrocidades no campo de Sobibor, mas viveu no nosso país sem ser extraditado, até ser encontrado morto em 1980, num aparente suicídio.

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Os casos acima refletem a complexa política de asilo, levantando questões sobre sua aplicação e as relações internacionais do país. Este legado de refúgio continua sendo uma área de debate intenso e reflexão sobre como o Brasil se posiciona no cenário global em relação a justiça e direitos humanos.

Redação

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