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Conselheiro do TCDF é alvo de busca e apreensão

O conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), André Clemente, foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta manhã de quarta-feira (2). André é ex-secretário de economia do DF e é alvo de uma investigação que apura o superfaturamento na contratação do “Brasília iluminada”, que consistiu em uma estrutura de decoração montada no centro da cidade durante o período de Natal.

Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), a secretaria de economia gastou aproximadamente R$42 milhões, o que corresponde a um aumento de 42% em relação ao ano de 2020, que ficou estimado em R$9 milhões.

A investigação teve a sua primeira fase deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), e pelo Departamento de Combate à Corrupção (Decor), da Polícia Civil, em 25 de janeiro, e foi batizada com o nome de “Operação Tenebris”. A investigação apontou várias irregularidades na contratação do Instituto Idheias, que promoveu o “Brasília Iluminada” com ornamentação e atividades culturais.

Para as autoridades que estão à frente da operação, o Instituto Idheias detém a condição formal de Organização da Sociedade Civil apenas como faixada para que fosse permitido a contratação sem licitação e, posteriormente, fosse terceirizada quase que a integridade do projeto. Entre as empresas beneficiadas estariam: Mark Systems e Primer Serviço de Comunicação e Eventos.

Os membros do Ministério Público ressaltaram que o esquema foi implementado no ano de 2020 e que foi alvo de vários questionamentos feitos pelo MP de contas. Mesmo assim, as autoridades o refizeram no ano de 2021. As investigações apontam ainda que o ex-secretário André Clemente foi quem liderou as contratações da primeira edição do “Brasília iluminada” mesmo o contrato estando sob a responsabilidade da Secretaria do Turismo.

Além de André Clemente, também são alvos da operação: a chefe de gabinete de Clemente, Edileide Oliveira Santos, e o presidente do Instituto Idheias, Geraldo Marcelo Sanches.

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