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Corregedor nacional de Justiça afasta juiz que autorizou manifestações de invasores

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar o juiz Wauner Batista Ferreira Machado, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte. O documento foi assinado pelo Ministro Corregedor Luis Felipe Salomão nesta segunda-feira, 9 de janeiro.

“Diante da consolidação dos indícios aqui apresentados, apontando a possível prática de graves infrações disciplinares por parte do magistrado, com a utilização do cargo para a prática de atos que favorecem os ataques ao Estado Democrático de Direito, determino, de forma excepcional e preventiva, seu afastamento imediato do exercício das funções jurisdicionais.”

Juiz é afastado pelo CNJ após conceder mandado de segurança que permitiu atos antidemocráticos

Enquanto estiver afastado, o magistrado responderá procedimento disciplinar a ser apurado pelo CNJ.

O texto aponta que as decisões do juiz são contrárias às determinações do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda segundo o documento, as decisões “têm o propósito de permitir a continuidade das atividades que atualmente vêm atentando contra o Estado Democrático de Direito”.

A corregedoria destaca três pronunciamentos de Wauner Batista em decisões recentes. Entre elas, o magistrado cita a “tirania” do então prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao “fazer leis por decretos”. Em outro trecho, o ataque do juiz à imprensa.

Mais recentemente, Wauner Batista concedeu mandado de segurança que permitiu o retorno dos atos golpistas à avenida Raja Gabaglia, em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, na Região Oeste da capital mineira. O acampamento foi desmobilizado pela prefeitura na última sexta-feira, 6 de janeiro.

Fonte: Conjur

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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