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Corregedoria investiga delegado por omissão em inquérito sobre agressão a criança

A Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu uma investigação para apurar a conduta do delegado Othon Filho, da 12ª DP, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Segundo o órgão, foram registradas imagens da autoridade policial tentando impedir o registro de ocorrência dos PMs e de uma conselheira tutelar que acompanhavam um menor supostamente agredido pela mãe. O objetivo da apuração é descobrir por que a autoridade policial não quis fazer o registro de ocorrência de maus-tratos contra o menor. O caso aconteceu no último domingo (11).

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Fachada da 12ª delegacia de polícia, em Copacabana. Imagem: O São Golçalo

A corregedoria apura as imagens registradas contra o delegado

No caso em questão, a criança que supostamente foi agredida, fugiu de casa, na noite do último domingo (11) , na Comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e foi até os policiais militares pedir ajuda. O menino alegou ter sido agredido pela mãe com um soco, uma colher de metal e uma frigideira quente.

De acordo com os policiais militares que atenderam a criança, ela estava com lesões nas mãos, pescoço, rosto e cabeça e foi levada para o Centro de Emergência Regional (CER) do Leblon.

O conselho tutelar também foi acionado, e o menino relatou aos conselheiros que ele era trigêmeo de outros dois irmãos, e que morava com eles e uma irmã de 5 anos, e que as outras crianças também sofriam agressões.

O menino, então, foi encaminhado para a central de flagrantes, mas o delegado Othon Filho, não quis registrar a ocorrência. 

A confusão na porta da delegacia foi registrada pelos policias militares que alegaram terem sidos ameaçados pelo delegado em questão, que afirmou que eles estavam prendendo uma criança na van. Após a confusão, o delegado também teria se jogado na frente do veículo para impedir a condução do menor para a 14ª DP, onde o registro foi feito.

Mais tarde, a mãe do menino procurou os mesmos policiais informando que estava procurando pelo filho. Ela foi conduzida até a 14ª DP, e após o recebimento do laudo do IML, as autoridades deram voz de prisão em flagrante pela prática do crime de tortura, uma vez que a perícia trazia informações de que as “lesões foram produzidas através de meio cruel e que a multiplicidade das lesões denota a vontade deliberada do autor em impor intenso sofrimento físico à vítima”.

Por meio de nota, a corregedoria da polícia civil informou que foi aberta uma sindicância para apurar a conduta do delegado, e que ele será ouvido em breve.

Fonte: G1

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