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Corrupção passiva: saiba como está tipificada e qual a diferença para corrupção ativa

A corrupção passiva é um crime que ocorre quando um funcionário público recebe benefícios indevidos em troca do uso inadequado de seu cargo ou influência. Vamos explorar os detalhes desse delito.

O Crime de Corrupção Passiva

Diferentemente da ativa, a corrupção passiva é uma infração que recai exclusivamente sobre funcionários públicos. Nesse contexto, o crime se configura não apenas quando o funcionário público efetivamente aceita uma vantagem indevida, mas também quando ele simplesmente oferece ou solicita tal vantagem, mesmo que o particular não a aceite.

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Fonte: Vecteezy

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As Implicações Legais

As disposições legais que regem a corrupção passiva estão contempladas no Capítulo I do Código Penal, que trata dos crimes praticados por servidores públicos contra a administração. Importante destacar que o servidor público pode ser responsabilizado mesmo se não obtiver nenhuma vantagem pessoal ao atender a solicitação ou influência de terceiros.

Penas e Sanções

As sanções para a corrupção passiva variam de acordo com a legislação de cada país. No Brasil, por exemplo, as sanções típicas incluem:

 Reclusão: de 2 a 12 anos, conforme estabelecido no Artigo 317 do Código Penal.

– Multa: a ser fixada pelo juiz de acordo com as circunstâncias do caso.

– Agravantes: aumento da pena em um terço em casos específicos.

– Detenção: para casos de infração de dever funcional sob influência de terceiros.

 Estratégias de Defesa contra Acusações de Corrupção Passiva

É importante conhecer as estratégias de defesa que podem ser utilizadas por indivíduos acusados de corrupção passiva.

 1. Inocência

A defesa pode argumentar que o acusado é inocente das acusações, apresentando evidências que demonstram que o ato em questão não era uma forma de corrupção passiva ou que o acusado não estava envolvido no ato.

2. Falta de Provas

Se não houver evidências sólidas que comprovem a corrupção passiva, a defesa pode argumentar que não existem provas suficientes para condenação, contestando a qualidade ou confiabilidade das provas apresentadas.

3. Vantagem Indevida

A defesa pode alegar que a vantagem recebida não foi indevida, contestando a acusação de corrupção. Por exemplo, se o pagamento foi uma gratificação legítima por um serviço prestado.

 4. Erro Honesto

A defesa pode argumentar que o acusado cometeu um erro honesto de fato ou de direito, sem a intenção de praticar um ato corrupto.

 5. Coerção ou Ameaça

Se o acusado agiu sob coerção ou ameaça, a defesa pode argumentar que ele ou ela não teve escolha a não ser aceitar as vantagens indevidas, especialmente em casos de concussão.

6. Atos não Relacionados ao Cargo

A defesa pode alegar que o ato em questão não estava relacionado ao cargo do acusado, contestando a conexão direta entre a vantagem recebida e o exercício do cargo.

Lembrando que as estratégias de defesa podem variar de acordo com as circunstâncias do caso e a legislação do país em questão.

Entendendo as Diferenças entre Crimes Corruptos

Corrupção ativa, corrupção passiva, concussão e peculato são diferentes tipos de crimes relacionados a atos corruptos envolvendo funcionários públicos. Vamos destacar as principais diferenças entre eles:

 Corrupção Ativa

– Envolve oferecer algo de valor a um funcionário público para influenciá-lo.

– Exemplo: suborno a um funcionário público para obter um contrato governamental.

Corrupção Passiva

– Envolvimento de funcionários públicos que solicitam, recebem ou aceitam vantagens indevidas em troca de influência ou ações em benefício de terceiros.

– Exemplo: policial aceitando dinheiro para não fazer prisões.

Concussão

– Corrupção passiva que envolve o uso de coerção, ameaça ou pressão para obter vantagens.

– O funcionário público utiliza táticas coercitivas para receber benefícios.

Peculato

– Envolvimento de funcionários públicos que se apropriam indevidamente de bens públicos.

– Exemplo: desvio de recursos públicos para benefício pessoal.

É essencial compreender essas diferenças para lidar eficazmente com acusações de atos corruptos.

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