CPI da Americanas chega ao fim sem indiciados; confira detalhes do relatório final
CPI da Americanas conclui investigações sem indiciamentos
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a fraude na empresa Americanas terminou nesta terça-feira (26), sem indicar culpados. A investigação terminou sob críticas de parlamentares, com o relatório final sendo aprovado majoritariamente. O relator da CPI, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), reconheceu envolvimento da liderança da empresa, porém afirma que não há provas suficientes para indiciá-los.
Chiodini optou por não convocar os três principais acionistas da Americanas – Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles. A investigação teve acesso a uma carta do ex-CEO, Miguel Gutierre, que mencionava o envolvimento do trio na fraude.
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Estratégia de defesa ou blindagem de acionistas?
Segundo o deputado Mendonça Filho (União-PE), a linha adotada pelo relator buscou preservar a empresa e manter os empregos. No entanto, outros parlamentares argumentam que o real objetivo desta opção seria proteger os acionistas majoritários da companhia.
Quais as próximas etapas para a Americanas?
A Americanas está em processo de recuperação judicial, com uma dívida acumulada de mais de R$ 42,5 bilhões, dos quais R$ 17,88 bilhões são com os bancos. O déficit bilionário veio à tona em 11 de janeiro, quando Sérgio Rial, CEO da empresa por apenas nove dias, denunciou as “inconsistências contábeis”.
Quais foram as sugestões de Chiodini para evitar casos semelhantes?
O relatório final do relator da CPI propôs quatro projetos de lei com o objetivo de combater crimes corporativos e aumentar a fiscalização do mercado de capitais. Entre as propostas está a criação de um novo crime, a infidelidade patrimonial, com previsão de multa e pena de reclusão de um a cinco anos.
Fonte: Diário do Nordeste