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Crime e fé: traficantes e milicianos perseguem fiéis na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro

Nas favelas do Rio de Janeiro e nas cidades da região metropolitana, a intolerância religiosa tem se espalhado, atingindo áreas restritas até mesmo para jornalistas. Na Baixada Fluminense, em particular, a paixão contra os seguidores da umbanda e do candomblé está se intensificando. Um exemplo disso ocorre em Duque de Caxias, onde líderes espirituais são expulsos de suas comunidades.

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O coordenador-geral de Diversidade Religiosa do Rio de Janeiro, explica que isso acontece com frequência

Márcio de Jagun, coordenador-geral de Diversidade Religiosa do Rio de Janeiro, explica que isso acontece com frequência e algumas pessoas preferem sair antecipadamente quando surgem rumores e ameaças. Uma vítima, que prefere não se identificar, relata sua experiência de ser forçada a fugir no porta-malas de um carro, sentindo-se tratada como um traficante ou marginal, quando na verdade é apenas um morador. Ele lamenta: “Eu nunca fiz nada contra nenhum dos residentes”.

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Fonte: Band

Essa vítima é um pai de santo, cujo terreiro foi parcialmente destruído por milicianos que vivem na Baixada Fluminense. Ele descreve a dor de testemunhar seu espaço sagrado, um patrimônio de seus antepassados desde os anos 1950, sendo demolido em questão de minutos. “O mundo desabou, minha vida desmoronou ali”, diz ele.

O pastor evangélico Vladimir Oliveira critica a atitude dos criminosos e ressalta que, como grupo minoritário que já gerou estereótipos e insultos, Jesus jamais promoveria discursos de ódio em relação a outras crenças e práticas religiosas. Ele afirma que todos têm o direito de ter uma conexão sagrada, independentemente de suas concepções, realidades ou relacionamentos.

Fonte: Jornal da Band

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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