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O crime oculto por trás do cigarro: A indústria do fumo e suas práticas

Existe uma maldade subjacente ao ato de acender um cigarro, um crime perpetrado por grandes companhias tabaqueiras que ecoa além do último suspiro de fumaça. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o hábito de fumar ocasiona excessivas mortes globais, ultrapassando as ocorrências ocasionadas pela escravidão ao longo da história da humanidade. A relação entre esses numerosos óbitos ligados ao tabagismo, que incluem os causados por doenças como o câncer, é indissociável à atuação das indústrias do fumo.

Essas empresas, nas últimas décadas, se empenharam em investimentos bilionários para convencer o público de que fumar era sinônimo de sucesso, beleza e charme. Nesse jogo de cena, autoridades e órgãos de imprensa foram manipulados, calando informações cruciais como a associação entre cigarro e câncer, descoberta científica nos anos 1950 que apenas mais de três décadas depois teve espaço na mídia.

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Imagem: reprodução/ Neydtstock/iStock

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Qual foi o impacto dessa manipulação pública?

Quando os danos causados pela indústria do tabaco foram devidamente divulgados e compreendidos em sua amplitude, ações de combate ao fumo tomaram força por todo o mundo. Diversos países adotaram políticas de restrição à publicidade tabagista e iniciaram campanhas educativas para conscientização da população. Essas práticas deram resultados, como o exemplo brasileiro, onde a taxa de adultos fumantes caiu abaixo de 10% da população. No entanto, ao enfrentar essas adversidades, a indústria do tabaco cometeu um novo crime contra a saúde pública: não se conformou em perder terreno.

Reconhecendo a crescente conscientização e rejeição ao tabagismo tradicional, a indústria buscou inovar, introduzindo alternativas como os cigarros eletrônicos. Sob a alegação de serem uma opção “mais segura”, estes dispositivos ganharam popularidade, especialmente entre os jovens. Mas, com essa inovação, emergiu uma pergunta crucial: seriam os cigarros eletrônicos verdadeiramente uma alternativa saudável ou apenas um novo crime camuflado contra a saúde? A responsabilidade de informar e proteger a população contra potenciais danos recai agora sobre governos e organizações de saúde.

Como a indústria do fumo reagiu a essas medidas de combate ao cigarro?

Para contornar as restrições e continuar a lucrar com a dependência à nicotina, surgiram os cigarros eletrônicos. Divulgados como ferramenta para ajudar fumantes a deixarem o vício, eles utilizam aromas atraentes, como chocolate e mentol, para tentar seduzir um público mais jovem. De fato, a recepção desse produto por crianças e adolescentes foi avassaladora, em grande parte devido ao engano de que se tratava de uma alternativa mais saudável ao cigarro convencional.

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Imagem: reprodução/ Shutterstock

Os cigarros eletrônicos representam realmente uma alternativa mais segura ou um novo crime à saúde?

Mas, longe de ser uma solução, os cigarros eletrônicos apresentam um perigoso problema: eles também contêm altas doses de nicotina, substância altamente viciante. Essa situação gera um novo cenário de dependência entre jovens que, sem a influência dos eletrônicos, talvez nunca tivessem experimentado fumar. O resultado é um retrocesso de anos de esforços para reduzir o consumo de cigarros, criando uma nova geração de dependentes de nicotina.

Pequenos atos podem caminhar a passos largos no combate ao tabagismo. A conscientização é nossa maior arma nessa luta contra essa prática criminosa disfarçada de glamour. É nossa responsabilidade cuidar de nossas novas gerações para que não sejam vítimas do capitalismo predatório das grandes indústrias do tabaco.

Redação

O Canal Ciências Criminais é um portal jurídico de notícias e artigos voltados à esfera criminal, destinado a promover a atualização do saber aos estudantes de direito, juristas e atores judiciários.

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