Crimes cibernéticos cometidos por Inteligência Artificial aterrorizam o Brasil; entenda
Crimes cibernéticos com uso de inteligência artificial promovem alerta no Brasil
O risco dos crimes cibernéticos que utilizam a Inteligência Artificial (IA) como ferramenta persiste, e o Brasil precisa acelerar seus esforços para proteger seus cidadãos, empresas e governo. A constatação apontada é do presidente-executivo da Trellix, Bryan Palma, que recentemente visitou o país e discutiu essa questão crucial.
Segundo ele, a IA provê aos cibercriminosos uma ferramenta eficaz, que permitem atos ilegais mais rápidos e sofisticados. Isso tem resultado em um número crescente de empresas brasileiras sofrendo perdas significativas por causa dessas atividades ilícitas.
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Os desafios de combater ao cibercrime no Brasil
Um dos grandes desafios que o Brasil enfrenta na luta contra o cibercrime é a questão orçamentária. Em um momento de adversidade econômica, os setores público e privado têm reduzido seus investimentos em segurança cibernética.
Uma pesquisa da Trellix com especialistas da área revelou que 82% desses profissionais consideram que o orçamento destinado à segurança cibernética no país é insuficiente. Este cenário tem consequências preocupantes, pois estima-se que muitas organizações perderam até 5% de sua receita com violações de segurança recentemente.
Quem são as vítimas dos crimes cibernéticos?
Algumas histórias de empresas atingidas por crimes cibernéticos são de conhecimento público, como a do Fleury, um dos maiores grupos de medicina diagnóstica do Brasil. Além disso, bancos, indústrias e setores públicos também são vítimas recorrentes desses crimes.
As empresas de segurança da informação têm se esforçado para desenvolver proteções preventivas contra estes crimes. Uma das estratégias é o desenvolvimento e utilização da inteligência artificial para avançar nos mecanismos de proteção. Um exemplo é a própria Trellix, que utiliza a IA há uma década.
Esses avanços permitem que os clientes sejam monitorados de acordo com a gestão de documentos e dados sensíveis, enquanto também adotam a IA para a proteção de suas informações.
Considerando esta ameaça emergente, o Brasil planeja aumentar a proteção nacional contra esses crimes. Lançará em breve um plano nacional de segurança cibernética que inclui a criação de uma agência de proteção.
Porém, é necessário considerar que estas medidas devem ser apenas parte de uma solução mais ampla, que envolve também autorregulação do setor privado e avanços no entendimento da privacidade dos dados pelos próprios cidadãos.
Resumindo, os esforços conjugados entre governo, empresas e sociedade são cruciais para minimizar os impactos e a ocorrência dos crimes cibernéticos, em especial aqueles que adotam a IA como principal ferramenta para a prática desses atos ilícitos.
Fonte: Inteligência Financeira