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Tribunal Penal Internacional reabre investigação sobre crimes contra a humanidade na Venezuela

O Tribunal Penal Internacional (TPI) autorizou na última terça-feira (27) que seu procurador, Karim Khan, retome as investigações sobre crimes contra a humanidade, cometidos pelo ditador Nicolas Maduro na Venezuela durante a repressão às manifestações contra o governo em 2017, que resultaram em centenas de mortes.

A Venezuela sustenta que o caso deve ser tratado por seu próprio sistema judicial, porém, o TPI emitiu um comunicado dizendo que embora “a Venezuela esteja conduzindo algumas medidas investigativas, seus processos criminais internos não refletem suficientemente o escopo da investigação prevista pelo Gabinete do Procurador”.

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Para o TPI, a Venezuela não está conduzindo as investigações da maneira esperada

O comunicado emitido pelo TPI destacou a necessidade de que Karim Khan volte a apura os fatos ocorrido no país, tendo em vista que as autoridades venezuelanas não estão atuando da maneira esperada.

“Quanto aos fatores que a Assembleia considerou determinantes para sua conclusão, ela constatou que a Venezuela não parece estar investigando as alegações de fato subjacentes aos elementos contextuais dos crimes contra a humanidade”, disse o comunicado.

“As investigações nacionais em geral parecem se concentrar em perpetradores diretos e/ou de nível inferior.”

Venezuela e o TPI

O país se submete ao tribunal penal internacional desde 2000, quando ratificou o Estatuto de Roma. Em 2018, o escritório do promotor do tribunal recebeu um encaminhamento da Argentina, Canadá, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru, denunciando a suposta prática de crimes contra a humanidade na Venezuela desde 12 de fevereiro de 2014.

O poder judiciário venezuelano chegou a indiciar e condenar alguns policiais pela morte de manifestantes durante os protestos de 2017, mas os opositores do governo consideram que essas medidas foram tomadas apenas para evitar processos no TPI.

Venezuela
Tribunal Penal Internacional

Fonte: Estadão

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