Os crimes cibernéticos mais notórios envolvendo criptomoedas e como se proteger

Nos últimos anos, têm sido alvo de vários crimes devido à sua crescente popularidade e valor. O ambiente digital, onde essas moedas circulam, usa tecnologias como blockchain e criptografia para proteção, no entanto, crimes cibernéticos como o WannaCry e Thodex demonstram que isso nem sempre é suficiente. Em 2021, aproximadamente US$ 14 bilhões foram roubados por malwares e ransomwares, demonstrando a gravidade do problema.

Além disso, as moedas digitais também foram usadas em esquemas de pirâmide, para financiar atos terroristas e lavagem de dinheiro. Isso sem falar nos golpes com aplicativos e e-mails falsos, que também contribuíram para as perdas financeiras. Vamos trazer a tona cinco exemplos notórios de crimes relacionados a criptomoedas e dar dicas de como evitar tais golpes.

LEIA MAIS:

13 policiais militares são condenados a 54 anos de prisão pela Justiça do RJ; entenda o motivo

Vizinho detalha à polícia plano criminoso para roubar casa da família dos ex-sogros de Neymar

Crimes cibernéticos e criptomoedas: Os 5 casos mais notórios

Elas têm ganhado popularidade ao longo dos anos, mas com seu crescimento também surgiram diversos crimes relacionados a elas. Aqui estão cinco dos mais famosos crimes envolvendo criptomoedas, que destacam a importância da segurança e vigilância no mundo digital.

WannaCry (2017)

O ataque de ransomware WannaCry foi um dos mais devastadores e amplamente divulgados. Em maio de 2017, hackers usaram um exploit chamado EternalBlue para infectar computadores com o malware WannaCry, bloqueando o acesso aos arquivos e exigindo um resgate em Bitcoin para liberá-los. Estima-se que mais de 200.000 computadores em 150 países foram afetados, incluindo sistemas críticos de saúde e governo.

Aplicativo Falso da Poloniex (2017)

Em 2017, um aplicativo falso se passando pela popular bolsa de criptomoedas Poloniex apareceu no Google Play Store, enganando milhares de usuários. Este aplicativo foi projetado para roubar informações de login e outras credenciais dos usuários, colocando em risco seus fundos e dados pessoais.

PlusToken Ponzi (2019)

Considerado um dos maiores esquemas Ponzi na história das criptomoedas, o PlusToken enganou milhares de investidores, arrecadando bilhões de dólares em várias criptomoedas. Os líderes da PlusToken prometeram retornos altos e consistentes aos investidores, mas na realidade, estavam apenas pagando clientes antigos com o dinheiro dos novos investidores, uma característica clássica dos esquemas Ponzi.

Thodex (2021)

Em 2021, o fundador da bolsa de criptomoedas turca Thodex fugiu do país com uma suposta quantia de 2 bilhões de dólares dos investidores. Após interromper todas as operações e deixar centenas de milhares de investidores sem acesso aos seus fundos, a situação foi descrita como um dos maiores fraudes no mercado de criptomoedas.

Poly Network (2021)

O ataque ao Poly Network foi um dos maiores roubos na história das criptomoedas. Em agosto de 2021, um hacker explorou uma vulnerabilidade no protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) da Poly Network, roubando mais de 600 milhões de dólares em diversas criptomoedas. Surpreendentemente, o hacker depois iniciou o processo de devolução dos fundos, em um ato que ainda gera debates e especulações na comunidade de criptomoedas.

Estes crimes destacam os riscos associados ao emergente mundo das criptomoedas. Eles servem como um lembrete importante para os investidores e usuários sobre a necessidade de cautela, pesquisa e uso de medidas de segurança robustas ao lidar com criptoativos.

Como evitar golpes com criptomoedas?

A advogada Milene Fachini Jacob, especialista em fintechs, oferece algumas dicas para se proteger contra golpes com criptomoedas. Primeiro, é preciso verificar cuidadosamente os links antes de clicar e fornecer dados pessoais na Internet. Além disso, é essencial manter os sistemas operacionais, navegadores e antivírus atualizados.

Em relação aos investimentos em criptomoedas, a especialista recomenda a utilização de hardware confiável. Antes de investir, é importante pesquisar a solidez do criptoativo, a rentabilidade proposta e o histórico da corretora. Para evitar golpes, é necessário tomar medidas preventivas e estar sempre atento às atualizações e notícias do setor.