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Aumento de casos de crimes sexuais contra menores e feminicídio precisam ser debatidos

Brasil enfrenta altos índices de crimes de feminicídio e abuso sexual

Em 2023, temos dados que nos buzinam um alerta alarmante: no último ano, a cada 6 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio no Brasil. Destaque para o fato de que esse foi o maior número desde que a lei de feminicídio entrou em vigor em 2015, revelando uma preocupante ascensão desses crimes. No mesmo período, crimes sexuais contra crianças e adolescentes registraram uma alta de 15,3% de crescimento. Essas chocantes estatísticas foram apontadas pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, retratando um cenário de violência ainda muito presente em nossa sociedade.

Agora, em 2023, nos vemos questionando: por que, apesar de termos legislações como a Lei Maria da Penha e o Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda somos o quinto país com maior número de feminicídio por ano e estamos lidando com uma preocupante alta no abuso de menores? É fundamental refletir sobre esses aspectos e entender os motivos que levam a essa situação, buscando promover uma mudança efetiva em nossa sociedade.

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Exemplos reais desses trágicos crimes

Em um dos casos recentes, no final de julho, uma jovem de 22 anos foi vítima de estupro em um bairro da região noroeste de Belo Horizonte, após voltar de um show na capital mineira em estado de inconsciência. O monstruoso ato ocorreu em um campo de futebol onde ela foi deixada e, depois de ser achada por moradores da região, foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel (SAMU). O acontecimento mostra que além da presença do agressor, a atitude dos envolvidos no caso em relação à vítima também geram indignação. Questões são levantadas sobre como poderia ter sido possível evitar o crime.

Qual o papel da educação na prevenção desses crimes?

É urgente discutir essas questões e promover a conscientização e denúncia desses delitos, seja dentro das escolas ou na sociedade em geral. A educação tem um papel crucial para avançar no processo civilizacional, como pontua Francisca Seixas, Secretária de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A educação sexual, por exemplo, tem o papel de ensinar as crianças e os adolescentes a identificar onde termina o carinho e começa o abuso e sobre gênero, promovendo um entendimento transparente, sem tabus.

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E os desafios enfrentados?

Porém, como ressalta Guelda Andrade, Secretária de Assuntos Educacionais da CNTE, implementar esses temas no ambiente escolar enfrenta barreiras, como a estrutura social e religiosa bastante forte no país e posicionada contra o assunto. O conservadorismo crescente e as limitações impostas pelo governo anterior na educação básica têm negligenciado as pautas sobre gênero. Os temas, no entanto, são fundamentais para a formação do aluno, sendo momentos de levar orientação e de como as pessoas podem se defender e buscar ajuda.

Redação

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