Crimes mais comuns contra idosos: fique atento e proteja-se!
Tratando do transtorno gerado por negligências e violências em clínicas de repouso
No Brasil, a violência contra os idosos em clínicas de repouso gerou uma enorme repercussão nacional, principalmente após um caso de maus-tratos físicos e abuso financeiro que ocorreu em uma clínica na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Três funcionários foram presos, e a clínica foi interditada pela Polícia Civil. Essa repercussão demonstra a importância de tratar desse assunto e chamar a atenção para a proteção necessária aos nossos idosos.
Esse tipo de violência não se limita apenas à agressões físicas, ela pode ocorrer de diversas formas, incluindo abusos financeiros e negligência que tornam o idoso extremamente vulnerável. A especialista Solange Aparecida dos Santos Pinto, que trabalha no Programa Acompanhante de Idosos em São Paulo, explica que a violência não tem uma idade específica para acontecer e está relacionada à fragilidade e dependência do idoso nas suas atividades cotidianas.
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O perfil do agressor e os sinais apresentados pelas vítimas
Segundo Solange, a maioria dos criminosos envolvidos nesse tipo de violência são membros da família da vítima, como filhos, netos e sobrinhos. As vítimas, em muitos casos, apresentam sinais claros como a tristeza no olhar, desnutrição e até mesmo descompensação dos sinais vitais.
Quais são as principais formas de violência?
A negligência é a violação mais denunciada ao Disque 100, especialmente denúncias voltadas ao público idoso. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos indica que durante a pandemia houve um aumento de 59% nas denúncias de violência e maus-tratos contra os idosos. Outros tipos de abuso frequente são a violência psicológica e a financeira.
Como identificar a violência financeira contra idosos?
A especialista afirma que a violência financeira pode ser caracterizada por práticas que visam à apropriação ilícita do patrimônio de uma pessoa idosa. Isso pode ser realizado por pessoas de confiança do idoso ou por profissionais e instituições. Entre tais ações, destacam-se assédio para assinatura de documentos, negociações de contratos duvidosos, doações forçadas e alterações de poderes provisionais em testamentos.
Além das formas de violência citadas, Solange também alerta para os casos de violência física, que são menos frequentes, mas também costumam motivar queixas. Ela reforça a importância do conhecimento sobre esses tipos de violência para que abusos não sejam normalizados. Além disso, menciona que é crucial que os idosos tenham consciência de seus direitos. Em casos de maus-tratos, é importante buscar ajuda e denunciar ao Disque 100. A chamada é gratuita e anônima.
