Criminoso no Discord mantinha pasta de arquivos catalogando vítimas: ‘Backup das vagabundas estupráveis’
O Fantástico trouxe uma reportagem mostrando como redes de criminosos estão usando a plataforma do Discord para praticar e disseminar crimes pela internet. De acordo com a matéria, um dos criminosos tem uma pasta descrita como “backup das vagabundas estupráveis”, e em casa subpasta, o nome de uma vítima diferente.
Em uma dessas pastas há uma menina de Joinville, de apenas 13 anos, que em agosto de 2022, fugiu de casa, atraída por um rapaz que conheceu no ambiente digital do Discord.
“No início só foram conversando, falando que era amigo dela, que ela poderia ir para lá, que ia ser muito legal, que não teria nenhum adulto enchendo o saco. Ele mandou um aplicativo de carona daqui para ela ir para lá. E no primeiro dia já, ele forçou relações com ela. Depois disso, foram para outra casa. Chegando lá, eles doparam ela e a forçaram novamente a ter relações. E bateram nela, cortaram ela”, conta a irmã da menina.
A menina de apenas 13 anos foi forçada a a se drogar e ter relações sexuais com diferentes agressores, sendo que alguns desses crimes chegaram a ser transmitidos no Discord.
Leia mais:
A trágica saga de Maria Carolina: a princesa brasileira que enfrentou os horrores dos nazistas
Libertado após 3 anos: Justiça reconhece prisão injusta e expõe falhas no sistema penal
Polícia prende suspeitos de crimes no discord
O suspeito do “backup das vagabundas estupráveis“, Vitor Hugo Souza Rocha, foi preso pela polícia civil de São Paulo. O depoimento dele, juntamente com a análise do material do HD que também foi apreendido, ajudou a Polícia a confirmar a identidade de mais dois suspeitos: Gabriel Barreto Vilares, o Law, acusado de ser uma das pessoas que violentaram sexualmente a garota de Joinvillle, e William Maza dos Santos, o Joust.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, além da investigação que corre contra os usuários, há também um inquérito civil que apura a responsabilidade do próprio Discord nos crimes e a falta de segurança na plataforma.
Fonte: G1
