Compreenda a aquisição e disseminação de informações de Segurança no Ceará, estado é referência no Brasil
Transparência em foco: Ceará se destaca na divulgação de dados sobre violência
Em um contexto nacional marcado por desafios na transparência de dados, o Ceará surge como um estado líder quando se trata de divulgar informações precisas sobre violentos letais. De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em média oito pessoas por dia são vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no estado.
Esses dados, que são fruto de uma rigorosa pesquisa realizada pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp), colocam o Ceará como um dos oito estados brasileiros mais transparentes quando se trata de divulgação de informações sobre violência. Ganhando ainda mais relevância se considerarmos que essa divulgação é uma ferramenta crucial para a busca por soluções eficazes para combater a criminalidade.
Leia mais:
Ex de jogador Antony é intimada para depor sobre denúncia de agressão
STF recebe queixa-crime contra Major Vitor Hugo por difamação
Como são coletados os dados sobre violência no Ceará?
Diversos relatos evidenciam que a quantidade de dados disponibilizados ao público não é gerada aleatoriamente. O titular da SSPDS, delegado federal Samuel Elânio, esclarece que as informações são provenientes de canais oficiais, como a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), Polícia Civil e a Perícia Forense do Ceará (Pefoce).
Segundo a pesquisa ‘Segurança Pública em Dados: guia prático para jornalistas’, realizada pelo Instituto Sou da Paz, o Ceará atende todos os critérios na transparência de dados relacionados à segurança. Esses critérios incluem a atualização constante de dados criminais, número de vítimas e atividade policial, entre outros.
É possível melhorar a transparência desses dados?
No entanto, apesar do avanço na transparência dos dados, o sociólogo Luís Fábio Paiva aponta a necessidade de refletir sobre o cenário em que essa informação aparece. O pesquisador ressalta o déficit existente em descrição de dados de Segurança quando o contexto é classe, raça e gênero, além da necessidade de uma melhor sistematização da violência por raça e orientação sexual.
O secretário Samuel Elânio aponta que a SSPDS tem considerado a possibilidade de divulgar os crimes por bairro e cidade, dando ao público uma visão mais específica e detalhada do cenário da violência. Além disso, um novo sistema da Polícia Civil está em fase de conclusão, prometendo trazer mais precisão e complexidade para os dados coletados, contribuindo significativamente para as futuras estratégias de segurança pública.
Fonte: Diário do Nordeste