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Dahmer, um Canibal Americano: família de vítima de Jeffrey se revolta com série da Netflix

Na última quarta-feira, 21 de setembro, a Netflix lançou a série Dahmer: Um Canibal Americano, que lidera o TOP10 do serviço de streaming.

Os fãs de true crimes apreciaram o conteúdo da série, mas um familiar de uma das vítimas de Jeffrey Dahmer não gostou do lançamento.

dahmer
Imagem: Correio do Povo

Familiar de vítima de Dahmer diz que a série retraumatiza 

Eric, primo de Errol Lindsey, que foi morto pelo assassino aos 19 anos, usou as redes sociais para condenar a produção e falar como a família se sentiu.

“Eu não estou dizendo a ninguém sobre o que assistir. Eu sei que a mídia de true crime é enorme agora, mas se você está realmente curioso sobre as vítimas, minha família (os Isbells) está furiosa com essa série”, afirmou ele no Twitter. 

Eric ressaltou ainda que rever a história faz com que eles também revivam sentimentos dolorosos.

“Está nos retraumatizando repetidamente, e para quê? De quantos filmes/séries/documentários precisamos?”.

Eric comentou em um post que compara uma cena da série com o julgamento ocorrido em 1992, em que mostra a irmã de Errol, Rita Isbell, durante o depoimento e tem fortes semelhanças com o que ocorreu na sessão que julgou Dahmer.

No desabafo, Eric revelou a revolta com esse momento específico da produção. 

“Recriar minha prima tendo um colapso emocional no tribunal diante do homem que torturou e assassinou o irmão dela é insano. INSANO”.

Ele também fez críticas no Instagram e ressaltou que não verá a série, além de falar novamente sobre os sentimentos dos familiares. 

“Não, minha família não está feliz. Descanse em paz, meu primo Errol Lindsey, e todas as outras vítimas”.

https://twitter.com/caroldaronch/status/1572629081979777024

Crimes de Jeffrey Dahmer retratados na série

Errol Lindsay foi uma das 17 vítimas do serial killer Jeffrey Dahmer. O serial killer levava rapazes para a casa da avó, e quando passou a morar sozinho, para sua própria casa, e os drogava, estuprava, assassinava, esfolava seus corpos, colocava os ossos em ácido e guardava algumas partes (principalmente a cabeça) de lembrança das vítimas.

A história também chama atenção porque ele dissecava os corpos, comia órgãos, guardava ossos e praticava necrofilia com as pessoas que escolhia matar, além de tirar fotos das partes dos corpos e guardá-las.

Condenado a 16 prisões perpétuas, ele morreu espancado por outro detento dentro do presídio enquanto cumpria sua pena.

A série retrata as mortes, o julgamento e a condenação de Jeffrey.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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