Repercussão na Câmara sobre a visita da “dama do tráfico amazonense”

Um verdadeiro reboliço tomou a Câmara dos Deputados na última semana. O motivo? A visita de Luciane Barbosa Farias, chamada de “dama do tráfico amazonense”. Esse evento desencadeou uma enxurrada de requerimentos vindos de quatro diferentes partidos: PL, Novo, União Brasil e PP. O total somou mais de 25 pedidos em apenas sete dias, direcionados majoritariamente aos ministros Flávio Dino, de Justiça e Segurança Pública, e Silvio Almeida, de Direitos Humanos e Cidadania.

Os pedidos de explicação sobre a presença de Luciane na Esplanada dos Ministérios partem de diferentes comissões. Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado lidera com dez pedidos, seguido de Fiscalização Financeira e Controle com nove. Ainda temos requerimentos vindo dos Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, da Constituição, Justiça e Cidadania e por fim, a Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

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Por que Luciane Barbosa Farias a Dama do tráfico é tão relevante?

Luciane Barbosa Farias ganhou a alcunha de “dama do tráfico do Amazonas”, após uma reportagem do Estadão publicada em 13 de novembro. A reportagem revelou o encontro da esposa de Clemilson dos Santos Faria, conhecido como “Tio Patinhas” e líder da facção Comando Vermelho no Amazonas, com dois secretários do Ministério da Justiça. Luciane faz parte de uma organização que reivindica melhorias para os presos do sistema carcerário.

O papel de Silvio Almeida

Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, aparece no centro da questão por uma razão específica. Em uma das idas de Luciane a Brasília, sua passagem foi paga pela pasta de Almeida. Este fato motivou a convocação do ministro para prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados. No centro das discussões, a deputada Rosângela Moro, da União-PR, sublinhou em seu requerimento a importância desses esclarecimentos para o Legislativo.

Luciane esteve em encontro com Rafael Velasco Brandani, Secretário Nacional de Políticas Penais, e o Secretário Nacional de Assuntos Legislativos, órgãos vinculados ao Ministério da Justiça. Ambos foram alvo de denúncias por deputados do Partido Novo, embora não existam requerimentos para eles prestarem esclarecimentos nas comissões da Câmara. Toda essa situação traz à tona questionamentos sobre a destinação de recursos públicos e a influência de figuras polêmicas na tomada de decisões do governo.