Daniel Alves enfrenta pedido de 9 anos de prisão por agressão sexual na Espanha
O Ministério Público da Espanha pediu uma condenação de nove anos de prisão para o jogador de futebol, Daniel Alves, acusado de cometer agressão sexual contra uma mulher de 23 anos, na boate Sutton, localizada na cidade de Barcelona, em dezembro de 2022.
Segundo a promotora do caso, Elisabet Jiménez, a pena mínima de quatro anos não se aplicaria a casos desta natureza e gravidade. Além disso, a advogada Ester García, representante legal da denunciante, solicitou uma pena máxima de doze anos – o maior castigo permitido para esses casos na Espanha.
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A defesa de Daniel Alves busca atenuantes
Por outro lado, a equipe de defesa do jogador trabalha em atenuantes. Entre os argumentos apresentados, destaca-se o pagamento de uma indenização de 150 mil euros (correspondente a aproximadamente R$ 800 mil) à vítima. Este pagamento, segundo a defesa, poderia disponibilizar uma redução da pena de até 50%, algo previsto no código penal espanhol.
Outro argumento utilizado em favor de Daniel Alves é a alegação de que o jogador estava sob efeito de álcool no momento do ocorrido. O consumo excessivo de substâncias tóxicas pode ser considerado como atenuante na legislação espanhola. Embora essa condição não altere o veredito, ela pode ajudar a reduzir a pena.
Último recurso: uma possível absolvição
O último cenário possível para esse caso é a absolvição do jogador. A defesa de Daniel Alves, liderada por Inês Guardiola, alega que não existem provas materiais de agressão sexual.
Em um caso que ganhou grande repercussão internacional, o veredito vai depender da avaliação dos juízes em relação aos argumentos apresentados, tanto pela acusação quanto pela defesa. A decisão também deve levar em consideração a aplicação dos atenuantes solicitados pela defesa do jogador.
Fonte: UOL