Noticias

Investigações da Polícia Federal sobre denúncias a Jair Bolsonaro entram na reta final; confira

As investigações que pairam sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, como as de falsidades disseminadas pelas milícias digitais durante seu mandato e o roubo de joias de alto valor, estão chegando à etapa final. A Polícia Federal está concluindo os inquéritos e, de acordo com os investigadores, há evidências suficientes para indiciá-lo.

No entanto, os detalhes específicos de cada crime serão revelados somente após o esgotamento de todas as linhas de investigação relacionadas a Jair Bolsonaro. O indiciamento é o ato em que a autoridade policial atribui a prática de um crime a um investigado.

Jair Bolsonaro
Imagem: REUTERS/Adriano Machado

Leia mais:

Caso Jéssica Canedo: Polícia ouve primeira testemunha do caso da vítima fatal por fake news

Caso Marcelinho Carioca: descubra quem são os quatro presos por suspeita de participação no sequestro do ex-jogador

Após essa fase, o caso seguirá para o procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, para análise e possível apresentação de denúncia contra Bolsonaro e seus aliados. Os investigadores esperam que, com a mudança na liderança da PGR, o novo titular dê continuidade às investigações e encaminhe as denúncias ao Judiciário, utilizando as informações produzidas pela PF.

Condenação de Jair Bolsonaro

Caso se torne réu perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e os processos sejam formalmente instaurados, Jair Bolsonaro terá tempo para construir sua defesa. Apesar de ter sido condenado à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral, as investigações da PF são de natureza criminal. Uma eventual condenação neste âmbito poderia resultar na prisão de Bolsonaro, dependendo da gravidade da pena imposta.

A PF avalia que os eventos sob investigação relacionados a Bolsonaro estão conectados e devem ser concluídos simultaneamente. Os investigadores estão finalizando a análise de materiais apreendidos, como celulares, e investigações vinculadas à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar da Presidência, que revelou a suposta participação de Bolsonaro em um plano golpista após as eleições do ano passado.

Essa tentativa de subverter o Estado, segundo os inquéritos em curso, está ligada à atuação das milícias digitais que atacaram as instituições democráticas durante os últimos quatro anos, entre outros eventos.

Milícias digitais

Os inquéritos abordam a disseminação de notícias falsas e o funcionamento de milícias digitais, abrangendo diversas áreas de investigação, como desvio de jóias para comercialização no exterior e irregularidades nos certificados de vacinação. Os investigadores identificam uma conexão entre esses crimes e a suposta organização criminosa voltada para atacar as instituições democráticas.

As milícias digitais também teriam buscado vantagens indevidas do Estado brasileiro, segundo a PF. A definição dos crimes atribuídos ao ex-presidente será determinada após o encerramento dessas investigações. Apesar da expectativa inicial de conclusão até o final deste ano, o extenso volume de provas atrasou o processo.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo