Noticias

Desvio de R$10 milhões na saúde é descoberto em operação conjunta da PF e CGU

Operação Esculápio desmascara desvio milionário na saúde

A Operação Esculápio, uma ação conjunta da Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU), deflagrada na manhã desta quinta-feira (7/3), desvendou um esquema de desvio de recursos federais destinados à área da saúde no município fluminense de São Gonçalo. A organização social de saúde (OSS) contratada pela prefeitura desde 2016 teria promovido um rombo estimado em R$ 10 milhões nos cofres públicos.

O que foi a Operação Esculápio?

A Operação, cujo nome é uma referência ao deus da medicina nas mitologias grega e romana, contou com a mobilização de aproximadamente 70 agentes federais e 15 auditores da CGU. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói. Além do município de São Gonçalo, as ações também ocorreram em Niterói, Rio de Janeiro, Cabo Frio, além de Sorocaba e Santos no estado de São Paulo.

PF e CGU descobrem desvio milionário na saúde
Reprodução: Estado de Minas

Leia mais:

Câmara aprova lei que amplia pena para crimes de violência psicológica contra mulheres apoiados por IA

Sobrevivente do incêndio da Kiss e médico que trabalhou na tragédia atuam juntos em hospital

Como a OSS desviava os recursos?

A investigação constatou que a OSS subcontratava empresas de secretários de Saúde para prestar serviços médicos sem a adequada cotação de preços. Há indícios de existência de médicos fantasmas na folha de funcionários dessas empresas. Além disso, tanto a organização social quanto os órgãos públicos não proporcionavam a efetiva fiscalização nas atividades prestadas pelas empresas.

Outros indícios de irregularidade foram a contratação de serviços de exames laboratoriais e análises clínicas sem concorrência licitatória e com sinais de superfaturamento. A CGU identificou um sobrepreço mensal aproximado de R$ 300 mil, elevando a estimativa de prejuízo total a mais de R$ 10 milhões provenientes de recursos da saúde.

Quais as consequências para os envolvidos?

A OSS investigada é, atualmente, gestora de três unidades de saúde municipais. E as empresas contratadas por ela, que têm relação com gestores públicos, receberam aproximadamente R$ 70 milhões entre 2020 e 2023. Portanto, os suspeitos irão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato-desvio e lavagem de dinheiro. Dependendo do desenrolar das investigações, outras acusações poderão ser adicionadas.

Redação

O Canal Ciências Criminais é um portal jurídico de notícias e artigos voltados à esfera criminal, destinado a promover a atualização do saber aos estudantes de direito, juristas e atores judiciários.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo