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Diego Dirísio: quem é o maior contrabandista de armas da América do Sul?

De acordo com a Polícia Federal (PF), o empresário argentino Diego Hernan Dirísio é o maior contrabandista de armas da América do Sul. Dirísio foi alvo Operação Dakovo, deflagrada durante a manhão desta terça-feira (5).

As investigações da PF sobre o esquema de contrabando de armas iniciaram no ano de 2020. Em três anos, estima-se que Dirísio tenha vendido mais de 43 mil armas para facções brasileiras, incluindo as maiores do país: o Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho. As vendas realizadas para as organizações criminosas do Brasil movimentou aproximadamente R$ 1,2 bilhão (US$ 240 milhões).

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Dirísio se encontra foragido

Dirísio era o proprietário de uma “complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo da Europa para a América do Sul” a partir de sua empresa chamada IAS, com sede em Assunção, no Paraguai.  

Até o momento, Diego Hernan Dirísio se encontra foragido junto com a sua companheira, a ex-modelo paraguaia Julieta Nardi, que também está sendo investigada pela Polícia Federal.

Operação integrada PF

A operação da Polícia Federal foi realizada em atuação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Ministério Público do Paraguai, além de ter contado com a cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY).

A ação também contou com a participação da  Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições, que é composta pela Homeland Security Investigations (HSI), Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

Esquema de importação de armas

Durante a investigação, a PF identificou a compra de milhares de pistolas, espingardas, metralhadoras e munições a vários fabricantes europeus (de países como Croácia, Turquia, República Checa e Eslovénia);

As armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosos do país como o Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho;

A operação da PF, chamada de Dakovo, cumpriu 17 mandados de prisões preventivas, além de seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países –Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP) Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte(MG).

Fonte: Terra

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