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Diogo Alves: o maior serial killer de Lisboa teve sua cabeça preservada para ‘posteridade’; entenda

Diogo Alves, um serial killer que aterrorizou Lisboa

No século 19, as ruas de Lisboa foram aterrorizadas por um homem chamado Diogo Alves. Nascido na Galícia em 1810, ele se mudou para Lisboa em busca de uma vida melhor. No entanto, o que se seguiu foi uma onda de crimes brutais que deixaram a cidade em pânico. Incitado por sua namorada, Gertrudes Maria, Diogo Alves deixou um rastro de morte e medo em seu caminho.

O foco de sua ação criminosa era o Aqueduto das Águas Livres, uma estrutura de 58km de extensão do século XVIII, que fornecia água para a cidade. Seu ponto mais alto era conhecido como o lugar perfeito para emboscar suas vítimas. Viajantes, comerciantes e estudantes, pessoas comuns que, ao serem decifradas, não recebiam tanta atenção das autoridades, foram presas de Alves.

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Como Diogo Alves aterrorizou Lisboa?

Diogo Alves não apenas roubava seus infortúnios, mas também os eliminava, jogando-os do alto do aqueduto. A falta de interesse das autoridades na investigação desses crimes, devido ao estatuto social das vítimas, inicialmente levou-os a serem classificados como suicídios. No entanto, a frequência com que ocorreram essas mortes fez com que esse caminho fosse eventualmente fechado.

Alves estendeu seus crimes para residências?

Antes mesmo do fechamento do aqueduto, Diogo Alves se voltou para homicídios domésticos. Liderando uma gangue, ele invadia residências, roubava e matava os moradores. Esses crimes, que afetavam diretamente mais pessoas, começaram a chamar a atenção das autoridades e ganhar espaço nos jornais.

Diogo Alves
Diogo Alves: o maior serial killer de Lisboa teve sua cabeça preservada para 'posteridade'; entenda 2

Qual foi o estopim para a captura de Alves?

O ponto de viragem na história de Alves foi o assassinato da esposa e dos filhos de um médico, que foram amarrados, torturados e sufocados. Reconhecido por testemunhas, ele foi condenado pela morte dessas três vítimas e enforcado em fevereiro de 1841 – a última execução conhecida em Portugal. Estima-se que ele tenha matado mais de 70 pessoas.

Após a execução, a cabeça de Diogo Alves foi preservada para estudos frenológicos – uma tentativa da época de determinar a personalidade de um indivíduo através do formato de seu crânio. Até hoje a cabeça de Alves é conservada em formol e pode ser vista na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, uma macabra memória de um dos maiores serial killers da história do país.

Redação

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