Diretora que abusou de ex-alunas é condenada por estupro: você vai ficar chocado com essa história
Malka Leifer era responsável pela administração e ensinamentos religiosos na Escola Adass Israel de Melbourne
Uma mulher que já foi diretora de uma escola judaica ultraortodoxa na Austrália recebeu uma sentença de 15 anos de prisão nesta quinta-feira devido às denúncias de abuso sexual de duas alunas entre os anos de 2004 e 2007. Malka Leifer foi responsável pela administração e ensinamentos religiosos na Escola Adass Israel de Melbourne. Em abril deste ano, a ex-diretora foi considerada culpada em 18 acusações, incluindo estupro de uma aluna e agressão sexual à irmã da vítima. O juiz Mark Gamble, ao pronunciar a sentença, enfatizou que o crime cometido por ela teve um impacto duradouro na vida das irmãs afetadas.
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Ele também ressaltou uma “falta de empatia” demonstrada pela ré, caracterizando-a como uma “grave agressora sexual”, em relação às vítimas. Durante uma videoconferência realizada na prisão, a mulher vestindo um uniforme azul claro ouviu a sentença impassivelmente. De acordo com as acusações, a ex-diretora estuprou uma das irmãs quando ela era adolescente, em 2006, após convidá-la para sua casa sob o pretexto de oferecer aulas pré-matrimoniais de etiqueta, conhecidas como “aulas de kallah”. A ré também teria dito repetidamente às alunas que estavam se preparando para seus futuros papéis como esposas, concluindo afirmando que isso seria útil para suas noites de núpcias.
A posição de diretora de Leifer na comunidade dificultou para as irmãs denunciarem os abusos
A mulher havia sido absolvida por um júri anterior em relação a uma acusação de agressão sexual contra a terceira irmã, Micole Meyer. A Escola Adass Israel de Melbourne faz parte de uma comunidade judaica reclusa na periferia da cidade, onde as tradições religiosas são rigorosamente seguidas. O ambiente opressivo, combinado com a posição de diretora de Leifer na comunidade, tornou-se extremamente difícil para as irmãs denunciarem os abusos, explicou o juiz Gamble. As outras duas vítimas, Dassi Erlich e Elly Sapper, ao saírem do tribunal, aplaudiram a decisão do juiz de romper com o código de silêncio na comunidade ultraortodoxa de Melbourne.
“Estamos aqui hoje porque não desistimos. Esta luta nunca foi só nossa. Mostramos que as vozes dos sobreviventes não serão e não podem ser silenciadas, quaisquer que sejam os obstáculos”, declarou Erlich.
O advogado de defesa Ian Hill afirmou anteriormente que a ex-diretora negou “todas as denúncias criminosas feitas por cada uma das denunciantes” e que suas interações com as alunas eram “profissionais e relevantes”. Leifer, mãe de oito filhos, fugiu para Israel em 2008 quando rumores sobre os abusos surgiram. Ela possui cidadania dupla (israelense e australiana) e batalhou por anos para evitar a extradição, sendo finalmente enviada para a Austrália em 2021.
Fonte: Extra