Ederlan, marido e investigado por matar Sara Mariano passa por audiência aos gritos de ‘assassino’
Audiência de custódia de Ederlan Santos Mariano
Ederlan Santos Mariano, o principal suspeito do assassinato de sua esposa, a cantora gospel Sara Freitas Sousa Mariano, foi submetido a uma audiência de custódia no Fórum da Comarca de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, nesta terça-feira (31).
A sua chegada ao local foi marcada por gritos de “assassino” por parte das pessoas presentes.
Leia Mais:
TJ tira líder do Comando Vermelho de presídio federal
Ex-senador pode ser preso a qualquer momento por mandar matar mãe de sua filha
A prisão
Desde o Desaparecimento de Sara Ederlan estava detido desde a madrugada de sábado (28), apenas quatro dias após o desaparecimento de Sara, que havia saído de casa para participar de supostos eventos em igrejas evangélicas.
Os delegados encarregados do caso afirmaram que ele confessou o crime, mas a defesa de Ederlan nega essa confissão.

Condição do suspeito na chegada ao Fórum
Ao chegar ao fórum, Ederlan estava algemado e trajando uma vestimenta similar à dos detentos do sistema prisional, com uma camiseta branca e bermuda laranja. Ele foi escoltado por um policial e seguido por equipes de imprensa, enquanto várias pessoas aguardavam nas instalações da comarca.
Quando a multidão percebeu a chegada de Ederlan, protestos e gritos de “assassino” foram dirigidos a ele.
O suspeito, acompanhado por um policial, correu para dentro do fórum. A audiência concluiu por volta das 11h.
Manutenção da prisão temporária
A Justiça decidiu manter a prisão temporária de Ederlan, com uma duração de 30 dias. Ele será transferido para uma “unidade prisional apropriada”, cujos detalhes não foram divulgados.
Na saída do fórum, um número ainda maior de pessoas aguardava Ederlan do lado de fora. Além de enfrentar hostilidades, o suspeito teve seu cabelo puxado por uma manifestante, enquanto várias pessoas tentaram agredi-lo, sendo contidas pela polícia. Posteriormente, ele foi conduzido de volta à delegacia onde estava detido.
Destruição de provas e mistério sobre o assassinato
Quando Ederlan foi detido temporariamente, a polícia observou sua clara intenção de destruir possíveis provas armazenadas no celular da vítima e prejudicar a investigação, bem como evitar a aplicação da lei penal.
O corpo de Sara Mariano foi encontrado parcialmente carbonizado, e a polícia aguarda laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para determinar se e como ela foi assassinada antes de ter o corpo queimado.
Histórico de violência e ameaças

Dolores Freitas, mãe de Sara Mariano, relatou ter provas de que Ederlan agredia e ameaçava sua filha. Ela também descreveu um episódio que corroborou com a versão do advogado da família, indicando que Ederlan forçava Sara a manter relações sexuais.
A família de Sara deseja obter a guarda da filha do casal, que atualmente está sob os cuidados dos pais de Ederlan. Dolores manifestou sua desconfiança em relação à mãe do suspeito, alegando que ela estava ciente das ameaças de seu filho a Sara, mas não ajudou a vítima.
Alertas para não acabar com o casamento
A sogra da cantora a aconselhou a não terminar o casamento, alegando que seu filho a mataria. O advogado Marcus Rodrigues, representante da família da cantora, compartilhou detalhes adicionais sobre as violências sofridas por Sara e enfatizou o medo que ela tinha de pedir a separação.