PGR: veja quem assume interinamente enquanto Lula não anuncia seu escolhido
Subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos assume interinamente PGR
Elizeta Maria de Paiva Ramos, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal e subprocuradora-geral, ocupa a partir desta última quarta-feira (27/09) o cargo interino na Procuradoria-Geral da República (PGR). Elizeta assume o comando enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não revela seu indicado para substituir Augusto Aras, cujo mandato encerrou-se na terça-feira (26/9).
A posição de Ramos é justificada como sendo devido a ordem de sucessão relacionada a presidência do Conselho Superior, posição que a permite ocupar o posto de presidente do MP em eventuais ausências e vacâncias. Sendo assim, ela começou imediatamente seu trabalho como nova procuradora-geral da República, sem a necessidade de cerimônia para troca de comando.
Leia mais:
OAB pede julgamento presencial para casos do 8/1
Polícia prende boneco Chucky com direito a foto e algemas
Lula adia indicação para PGR
Contrariando especulações que sugeriam a iminência de uma indicação presidencial, Lula declarou que não tem sentido pressa para indicar um substituto e revelou que a decisão será tomada após uma cirurgia no quadril, agendada para sexta-feira (29/9). O presidente espera retornar ao seu posto até a segunda-feira seguinte (2/10).
Na contramão da precedência estabelecida, Luiz Inácio Lula da Silva não pretende seguir a lista tríplice oferecida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Esse documento conta com os nomes dos subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, normalmente seguido na escolha de Procuradores Gerais. Este protocolo, no entanto, já havia sido quebrado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que escolheu Aras apesar de seu nome não estar na lista da ANPR.
Quem é Elizeta Ramos, a interina da PGR?
Elizeta Ramos, que agora assume a instituição de forma interina, foi eleita para a vice-presidência do CSMPF em 5 de setembro, por aclamação. Ela também coordena a Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional (7CCR) e já contribuiu como corregedora-geral, procuradora Eleitoral substituta, membro da Câmara Criminal (2CCR) e coordenadora da Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral (1CCR).
A nova procuradora-geral da república, anteriormente defensora pública, ainda registra em sua jornada profissional a defesa da nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro, em meados de 2018.
Fonte: Metrópoles