Em atentado contra advogado em AL, juiz acredita que era o verdadeiro alvo
No ano de 2009, o advogado Nudson Harley Mares de Freitas, de 46 anos, foi morto a tiros enquanto falava em um telefone público na cidade de Mangabeiras (AL). Segundo a Polícia Federal, novas informações foram obtidas no inquérito que apura a morte do advogado, sendo que um juiz acredita que era o verdadeiro alvo.
Juiz acredita que era o verdadeiro alvo
Na época do crime, os jornais locais noticiaram que o assassinato havia sido por engano. A promotora Marluce Falcão, também afirmou que o autor do crime, Antonio Wendel Guarnieri, havia dito que recebeu R$ 20 mil para assassinar uma autoridade alagoana.
No entanto, o delegado que havia sido chefe da Divisão Especial de Investigações e subsecretário de Defesa Social, Paulo Cerqueira, afirmou que “possibilidade era remota e que a Polícia Civil já tinha o nome de um suspeito”. No entanto, não foi apontado um suspeito no inquérito policial.
Com as novas informações, Paulo Cerqueira (antigo delegado), que hoje é delegado-geral da Polícia Civil, foi indiciado pela morte do advogado. No mesmo sentido, as investigações apontam que Natan Simeão Lira, cabo da Polícia Militar, teria contratado os autores do crime a mando de Cerqueira.
Antônio Wendel Guarnieri foi um dos executores, tendo participado diretamente dos disparos. Ele afirmou à Polícia Federal que a ordem era executar o juiz Marcelo Tadeu. Outros elementos também concluem que Cerqueira, além de pagar as despesas de Guarnieri com seus próprios recursos, também havia prejudicado as investigações de forma proposital.
A PF também realizou interceptações telefônicas entre os acusados Antônio Wendel e Valdir Pitbull. Nos diálogos restou demonstrado que eles combinaram como seria a dinâmica do crime: Wendel pilotaria a moto e Pitbull atiraria na vítima.
Outra informação trazida pela PF é que alguns extratos telefônicos foram retirados e sonegados dos autos indevidamente pela Polícia Civil.
Por fim, o juiz Marcelo Tadeu afirmou que irá se manifestar futuramente sobre os desdobramentos do caso em que é vítima.
*Esta notícia não reflete, necessariamente, o posicionamento do Canal Ciências Criminais
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