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Empresa multinacional é condenada por trabalho escravo e infantil; confira

Cargill é condenada por trabalho infantil e trabalho análogo à escravidão em plantações de cacau

No dia 18 de setembro de 2023, a Justiça do Trabalho condenou a multinacional Cargill por apoiar e praticar o trabalho infantil e o trabalho análogo à escravidão em suas plantações de cacau. Mesmo com direito a recurso, a sentença proferida em primeira instância já causa ondas de impacto principalmente na indústria alimentícia.

O valor da indenização pelos danos morais coletivos a ser pago pela empresa é de R$ 600 mil. Segundo informações, a quantia será destinada a projetos destinados a crianças em situações de vulnerabilidade social. O destaque é para aquelas que foram resgatadas de situações de exploração nas próprias fazendas da Cargill desde 2010, através do Ministério Público do Trabalho (MPT).

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Imagem: Mighty earth

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Responsabilidade da empresa Cargill

A grande empresa, que foi originalmente fundada nos EUA, é uma potência importante no setor alimentício. De acordo com pesquisas realizadas pela Repórter Brasil, a Cargill é responsável pela maior parte do cacau produzido no país. Porém, essa produção de alto volume não justifica tal episódio de exploração irresponsável nas plantações.

A Ação do MPT: Qual é a Sua Importância?

O início deste processo remonta a 2021, quando o MPT tomou a decisão de mover uma Ação Civil Pública relacionada às denúncias de trabalho infantil e análogo ao escravo. Os abusos nessas fazendas de produção rural foram relatados desde 2010. O mais importante e impactante dessa ação é que ela pede um reconhecimento da responsabilidade de toda a cadeia produtiva. Isso inclui os proprietários das fazendas que mantêm essas práticas ilegais, bem como as indústrias que adquirem seus insumos.

Como a Cargill respondeu à condenação?

A Cargill, em sua defesa, afirmou publicamente que não aceita qualquer forma de tráfico humano, trabalho forçado ou infantil em suas operações ou cadeias de suprimentos. Em nota à imprensa, a empresa se declarou comprometida com a proteção dos direitos humanos e das crianças globalmente, apoiando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. A empresa também garantiu que todos os seus fornecedores passam por verificações rigorosas em relação às listas de embargos do governo brasileiro.

Fonte: Revista Fórum

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