Enfermeira é ameaçada por paciente e sindicato protocola denúncia em Juiz de Fora
Ameaça à enfermeira resulta em denúncia
Uma cena de total desrespeito em Juiz de Fora, Zona Sudeste de Minas Gerais, virou caso de polícia. Na última segunda-feira (20), uma enfermeira da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Ideal, foi ameaçada por uma paciente. O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) já protocolou a denúncia do caso. A mulher suspeita, de 45 anos, teria afrontado diversos servidores e causado estragos na unidade de saúde.
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Desrespeito em momento de tensão na saúde
Devido ao alto número de casos de Covid-19 e dengue, a UBS estava lotada no momento do incidente. A paciente em questão, na demanda por ser atendida de imediato, não hesitou em causar tumulto. Palavras de baixo calão foram proferidas, além de objetos serem jogados ao chão.
Segundo o SEEMG, a paciente já havia sido chamada quatro vezes, mas não estava presente. No entanto, ao retornar à unidade de saúde, ela exigiu ser atendida naquele instante. A enfermeira, então, que se encontrava ocupada com dois procedimentos emergenciais, foi verificar a situação e quase foi agredida.
Notadamente, um banco, uma impressora e uma janela foram danificados pelo ato de fúria da paciente. A UBS precisou ser fechada na tarde do ocorrido, para o trabalho da perícia da Polícia Civil.
Apoio a enfermeira e medidas cabíveis
“A enfermeira, no exercício da sua profissão, foi desrespeitada e ameaçada”, lamenta o SEEMG. Diante deste cenário, tão comum em meio ao caos da saúde imposto pela pandemia, o sindicato repudia a situação e anuncia que prestará todo o apoio necessário às trabalhadoras.
A Prefeitura de Juiz de Fora, por sua vez, confirmou que a mulher causou danos materiais à UBS. O registro de ocorrência foi feito pela Guarda Municipal, após acionamento da Prefeitura, e todos os envolvidos, incluindo a suspeita, foram conduzidos ao plantão da 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha.
A agressora foi filmada durante a ação, cuja gravação será usada para as eventuais providências judiciais. “É lamentável vermos que as pessoas não respeitam os profissionais que estão na saúde para cuidar deles”, conclui Anderson Rodrigues, presidente do sindicato.