Reconheça e enfrente a Violência Patrimonial: Precisamos falar sobre este abuso silencioso
Uma forma emocionalmente devastadora de abuso doméstico, conhecida como violência patrimonial, está presente em muitos lares brasileiros. Este tipo de abuso consiste no controle financeiro e no acesso aos bens do cônjuge, muitas vezes justificado como proteção ou ciúmes.
No entanto, essa camuflagem não diminui as consequências desastrosas dessa prática para a vítima.
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O que constitui Violência Patrimonial?
Classificada pelo controle financeiro e o acesso aos bens, a violência patrimonial possui várias faces, desde a retenção de rendimentos até a exclusão do cônjuge do mercado de trabalho.
Esta violência pode se manifestar de maneiras sutis, através da apropriação de bens e a retenção de documentos, até as mais negativas, como a destruição de objetos de valor sentimental e a retenção de documentos.
Quem são as principais vítimas?
De acordo com a advogada Amanda Gimenes, especialista em direito familiar e sucessório, a violência patrimonial afeta sobretudo as mulheres, idosos, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência e qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade. Em muitos desses casos, a vítima depende de cuidadores ou familiares, que aproveitam para cometer abusos patrimoniais.
Como enfrentar a Violência Patrimonial
A violência patrimonial é especialmente difícil de identificar devido à falta de evidências físicas e à natureza sutil do abuso. Portanto, é essencial que a vítima procure ajuda profissional e uma rede de apoio de confiança.
Fatores como a retenção de documentos, controle de renda, manipulação para os parceiros desistirem do trabalho são formas de violência patrimonial e necessitamente de uma ação corretiva.
Casos de Violência Patrimonial
Casos de violência patrimonial devem ser tratados com muita cautela, pois a vítima sempre terá dificuldade em enxergar a dinâmica familiar como uma forma de violência. Infelizmente, alguns destes crimes são mascarados por boas ações, como cuidados excessivos, proteção ou até mesmo devoção. O agressor muitas vezes consegue afastar outras pessoas do convívio da vítima, dificultando a clareza dos acontecimentos.
A vítima deve se conscientizar de sua situação, pois a violência patrimonial pode causar danos profundos à autoestima e à confiança pessoal. A ajuda profissional e uma rede de apoio confiável são essenciais para mitigar os danos e superar a situação.
Conclusão
A violência patrimonial é um abuso emocional devastador que muitas vezes passa despercebido até que seja tarde demais. É importante que as vítimas reconheçam os sinais de abuso financeiro e busca ajuda antes que o prejuízo seja irrecuperável.
O controle excessivo sobre as propriedades e bens da vítima não é um sinal de amor ou cuidado, mas sim uma forma abusiva de exercer poder e controle sob a outra parte.
Fonte: Jornal Voz Ativa