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Como é a entrada de um estuprador na prisão e como ele é recebido lá dentro?

Arquimedes Nicastro, um influenciador e palestrante, conduz o público pelos corredores ocultos das prisões


Em um contexto carregado de tensões e incertezas, a atenção do público tem sido cada vez mais direcionada para a vida por trás da prisão. Arquimedes Nicastro, um influenciador e palestrante, aborda um tema sensível e frequentemente debatido em um de seus vídeos, conduzindo-nos pelos corredores ocultos das prisões: a recepção de estupradores no ambiente carcerário.

No início do vídeo, Arquimedes destaca a quantidade de perguntas que ele recebe sobre como estupradores são tratados na prisão. Sua intenção é compartilhar sua perspectiva pessoal e experiências testemunhadas. Ele reconhece que suas opiniões podem não ser unânimes, mas ele busca oferecer um ponto de vista autêntico.

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Fonte: Agência Pública

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No sistema legal brasileiro, o crime de estupro é codificado como artigo 213. Nas gírias da prisão, esse delito é referido como “Jack”. Arquimedes observa que diferentes regiões do país usam termos variados para identificar aqueles que cometeram tal ato. Durante sua explicação, Arquimedes detalha o procedimento adotado no estado de São Paulo, no qual os detentos passam por uma entrevista inicial ao chegarem à prisão. Essa entrevista é conduzida pelo diretor da instituição e visa identificar o crime envolvido e eventualmente associações a grupos criminosos.

Na prisão, os estupradores são tratados de maneira distinta para salvaguardar sua segurança física

No caso dos estupradores, eles são tratados de maneira distinta para salvaguardar sua segurança física. Devido aos riscos associados à integração desses indivíduos na população carcerária geral, o diretor costuma encaminhá-los para celas isoladas, conhecidas como “seguras”. Arquimedes destaca que mais de 90% das prisões em São Paulo são controladas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), que distribuíram suas normas internacionais. Entre essas diretrizes estão regras específicas relacionadas aos estupradores, que frequentemente são colocadas em isolamento.

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Fonte: Gazeta Digital

Ele enfatiza a falta de convivência entre estupradores e outros detentos comuns. Mesmo os infratores envolvidos no tráfico, roubo ou sequestro rejeitam a presença de estupradores, considerando tal ato como uma violação intolerável. Uma observação interessante é que existem unidades prisionais exclusivas para estupradores. Essas instalações são frequentemente chamadas de “cadeias de oposição” por facções, onde a coexistência entre diferentes categorias de criminosos se mostra inviável.

Fonte: You Tube

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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