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Equipamentos temido por facções serão usados em presídios estaduais; entenda o impacto

Os 119 scanners corporais adquiridos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) serão doados pela União a 22 estados e ao Distrito Federal, para uso em presídios geridos pelos governos estaduais. Os equipamentos, conhecidos como body scan, têm sido objeto de reclamações do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).

Os cinco presídios sob gestão federal já possuem esses scanners, utilizados para revistar visitantes e estão localizados em Brasília, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.

equipamento body scan
Imagem: Reprodução/Catve

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A maioria das 1.384 prisões no Brasil ainda não conta com esses aparelhos, que são altamente eficazes na detecção de celulares, armas, drogas e dinheiro. O MJSP não divulgou a quantidade exata de prisões no país que já possuem essa tecnologia, alegando questões de segurança.

Distribuição do equipamento

O critério de distribuição das 119 unidades, de acordo com fontes da Secretaria Nacional de Políticas Penais, levará em consideração diferentes fatores, incluindo a capacidade financeira de cada governo estadual. Estados mais ricos, como São Paulo, não receberão as doações.

O custo estimado da aquisição dos scanners corporais foi mantido em sigilo pelo Ministério da Justiça. No mercado, o preço unitário de cada equipamento gira em torno de R$ 220 mil, o que pode totalizar uma compra de cerca de R$ 26 milhões.

O governo federal afirma que a aquisição dos scanners atende às demandas do Supremo Tribunal Federal (STF) para eliminar as revistas íntimas nas prisões do país, uma vez que a tecnologia é capaz de gerar imagens holográficas que atravessam roupas e tecidos humanos. Entretanto, o equipamento já foi alvo de críticas por parte do PCC e do CV.

No ano passado, diretores de um presídio em Avaré, São Paulo, foram ameaçados de morte pelo PCC após o body scan indicar a necessidade de uma revista íntima na esposa de um detento, embora nada tenha sido encontrado durante o procedimento. Em 2023, Luciane Farias, esposa de um líder do CV, criticou o aparelho, alegando que ele gera manchas de suspeição em grande escala, prejudicando as visitas.

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