Corrupção que chocou o mundo: o que foi o criminoso escândalo Watergate?

Escândalo Watergate: O caso de corrupção que abalou o mundo

O episódio do escândalo Watergate foi marcado com a invasão na sede do Partido Democrata, em Washington, no prédio conhecido como Watergate, em 1972. A situação desencadeou duas intensas anos de investigações que culminaram na renúncia radical do presidente da época, Richard Nixon. Mesmo com fortes indícios de ligação entre Nixon e o ocorrido, o presidente foi reeleito na campanha eleitoral possuindo um número esmagador de votos.

É importante lembrar que houve uma invasão nos escritórios dos democratas, no complexo de Watergate, realizada por cinco indivíduos. A captura desses sujeitos ocorreu logo após o ato. O alvo desses invasores era grampear telefones para utilizar informações confidenciais como forma de pressão política. Entretanto, essa ação foi somente descoberta após uma rigorosa investigação.

Watergate
Imagem: reprodução/ Carta Capital

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Como o escândalo Watergate veio à tona?

Uma nota sobre a invasão foi publicada no dia seguinte no jornal The Washington Post. Dois repórteres do Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, ficaram curiosos e começaram a investigar o incidente. Descobriram que um dos invasores tinha o nome na folha de pagamentos do comitê de reeleição de Nixon. Isso levanta uma série de suspeitas.

O caso ganhou mais agitação quando um informante anônimo, agora conhecido como Garganta Profunda, começou a fornecer informações. Ele era um alto funcionário do FBI, e por ter acesso a relatórios confidenciais, pôde confirmar ou negar a autenticidade das fontes e dos dados colhidos pelos repórteres.

Quais foram as repercussões?

A perseverança do Washington Post levou à descoberta de que assessores de Nixon estavam conduzindo um esquema de espionagem política para favorecer nas eleições. Tal conclusão levou à criação de uma comissão no Senado para investigar oficialmente o caso.

O advogado da Casa Branca admitiu ao Senado a existência de um esquema de espionagem. A admissão, combinada com gravações de telefonemas que passavam pelo Salão Oval – escritório oficial do presidente – confirmava que Nixon comandava o esquema.

O processo terminou com dois assessores e quatro membros da equipe presidencial condenados, e Nixon renunciando em um discurso dramático transmitido na televisão. Gerald Ford, então vice-presidente, assumiu o cargo e mais tarde concedeu um perdão completo a Nixon por quaisquer crimes cometidos durante o seu mandato.

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Imagem: reprodução/ Brasil Escola